Com demanda por IPOs represada, presidente da CVM quer maior participação do agro no mercado

João Pedro Nascimento afirmou ainda que gostaria de ver o mercado de capitais atingindo 10 milhões de pessoas físicas

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, avalia que há demanda represada de companhias aguardando o momento certo para abrir capital (IPOs). Segundo ele, o número de empresas listadas na Categoria B é um indicativo.

Dessa maneira, o presidente da autarquia explicou que, atualmente, há 694 companhias abertas com registro ativo, sendo 482 na categoria A (emissão de todos os tipos de ativos) e 215 listadas na categoria B (emissão de dívidas). Nascimento participou nesta terça-feira (20) do evento “Macro Day”, promovido pelo BTG Pactual, em São Paulo. Ele apresentou dados em painel sobre o crescimento do mercado de capitais.

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“Em 2022, 2023 e 2024 foram anos tímidos para IPOs, embora tenhamos visto algumas ofertas subsequentes de ações, os ‘follow-on’. Temos a expectativa de que venha uma retomada de empresas abrindo capital, muito com base nos dados que citei antes”, afirmou, em referência à lacuna entre empresas listadas nas duas categorias.

Então, Nascimento também destacou que o mercado de capitais regulado cresceu muito nos últimos anos. Ele mostrou que, incluindo os derivativos, o volume financeiro do mercado de capitais em 2024 está em R$ 56 trilhões. Em 2023, o montante havia sido de R$ 49,64 trilhões.

“O Brasil é a locomotiva da América Latina, o mercado de capitais é o mais representativo de todos eles”, disse.

Agro no radar dos investidores

Ainda de acordo com ele, o agronegócio é outro indicativo de prosperidade. “O agro tem participação de 25% no PIB e menos de 5% no mercado de capitais. Queremos trazer o agro para o mercado de capitais, simplificar a linguagem e nos aproximar do campo”, afirmou.

Nascimento também voltou a afirmar que gostaria de ver o mercado de capitais atingindo 10 milhões de pessoas físicas. Segundo ele, esse número só será atingido com o trabalho de agentes de investimento.

O presidente do órgão regulador também destacou a importância da capilaridade do mercado de capitais em todo o território do Brasil. Exemplo disso é a concentração na região Sudeste, embora haja números cada vez mais representativo nas demais.

Nascimento dividiu o painel com o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, e com o sócio do BTG Pactual Fábio Nazari.

Com informações do Valor Econômico

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