Renda variável para conservadores

Você tem medo de perder dinheiro, ainda que pouco, investindo em ações? Pois vamos te ajudar a repensar sua estratégia para que você não deixe de ter bons retornos apenas por aversão ao risco

Ilustração: Marcelo Andreguetti
Ilustração: Marcelo Andreguetti

Apesar de o mercado de ações ser associado aos investidores arrojados, os perfis mais conservadores e menos dispostos a arriscar também podem ter um lugar ao sol na Bolsa de Valores. Com uma estratégia bem estruturada, você não precisa limar a renda variável da sua carteira de investimentos, ainda que sua aversão ao risco seja alta. Basta seguir as dicas valiosas que estão logo abaixo. Elas podem te ajudar no processo de ver o mercado acionário com outros olhos.

1. Comece aos poucos para não perder o sono

Segundo Gustavo Akamine, analista da Constância Investimentos, o ideal é que perfis conservadores ou aqueles que estão começando a se aventurar nesse universo separem uma pequena parcela do dinheiro para investir em ações, algo como 5%, não mais do que isso. “A pergunta que você deve fazer é: ‘considerando possíveis perdas, quanto do seu patrimônio você se sentiria confortável em manter nesse tipo de ativo?’ “, explica. Ou seja, reserve um valor que não tire seu sono em uma situação de queda da Bolsa. 

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2. Priorize empresas mais maduras

Você pode começar investindo em empresas consolidadas. Geralmente, essas companhias estão há muito tempo no mercado, são nacionalmente conhecidas e, portanto, têm clientes praticamente cativos e um bom histórico de balanço, além de terem uma gestão transparente. Ou seja: a chance de uma delas pegar o mercado de surpresa é baixa. “Investir em papéis de empresas mais maduras pode ser uma boa estratégia para os investidores mais receosos”, ressalta Gustavo Akamine.

3. Fique de olho nos dividendos

Geralmente, as companhias que pagam bons dividendos são as que mais atraem os minoritários. Portanto, investir em ações de empresas que dividem uma parcela do lucro pode ser uma boa estratégia para investidores cautelosos. “Você precisa entender o que são e como funcionam os dividendos. Muitas pessoas investem em empresas e retiram esse pagamento uma vez por ano, como se fosse uma renda. Ele é livre de impostos, o que é uma das principais vantagens”, explica Pedro Paulo Silveira, gestor de investimentos da Nova Futura Gestora de Recursos.

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4. Diversifique sua carteira

A diversificação é a grande sacada. Se você quer arriscar menos, diversifique mais. “Eu diria que isso é fundamental. Quando você diversifica suas aplicações, você também consegue mitigar os riscos”, ressalta Pedro Paulo Silveira. Nós, aqui na IF, até já falamos sobre essa questão, basta acessar aqui.

5. Fique por dentro do mercado

Gustavo Akamine, da Constância Investimentos, considera esse um dos conselhos mais valiosos: conheça, aprenda e estude sobre investimentos. Mesmo aqueles que te dão medo. É o conhecimento que vai te ajudar na decisão entre seguir ou não investindo em um ativo. E esteja sempre de olho nas movimentações do mercado. “Um bom investidor é aquele que se informa e entende a dinâmica do universo dos investimentos. Ter uma boa fotografia das principais empresas de capital aberto é fundamental para você ficar mais perto de bons resultados.”

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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