Estoque de debêntures sobe mais de 20% e chega a R$ 1 trilhão em junho na B3
Os instrumentos de renda fixa continuaram a atrair o interesse dos investidores no primeiro semestre de 2024
A B3 informou nesta segunda-feira que registrou aumento de 18% no estoque de produtos de renda fixa de dívida corporativa no primeiro semestre de 2024, chegando a um total de R$ 1,7 trilhão em junho. Segundo a bolsa, o maior volume foi de debêntures, cujo estoque alcançou R$ 1 trilhão, o que representa alta de 21% em relação a junho de 2023.
Já o estoque de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) alcançou R$ 142 bilhões, aumento de 27% frente ao mesmo mês de 2023, e o de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) cresceu de 4%, para R$ 207 bilhões. As notas comerciais tiveram alta de 18% (estoque de R$ 97 bilhões) e as Cotas de Fundos Fechados (CFF) tiveram aumento de 9%, com R$ 213 bilhões em estoque.
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“Os instrumentos de renda fixa continuaram a atrair o interesse dos investidores no primeiro semestre, seguindo o movimento já observado nos últimos anos, que é resultado do nível das taxas de juros. Por outro lado, a resolução que estabeleceu novas regras aplicáveis às emissões de CRIs e CRAs, em fevereiro, refletiu em um crescimento menor nos estoques e emissões desses produtos, que vinham crescendo de maneira significativa há alguns anos”, comenta Fábio Zenaro, diretor de produtos de balcão e novos negócios da B3.
CDBs, LCIs e LCAs
Os títulos de renda fixa emitidos por bancos — Certificado de Depósito Bancário (CDB), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF), Letra Imobiliária Garantida (LIG) e Recibo de Depósito Bancário (RDB) — tiveram crescimento de 15% no estoque, para R$ 4,9 trilhões.
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Os CDBs continuam sendo os mais populares entre os investidores, com aumento de 15% no período (R$ 2,4 trilhões em estoque).
Já os RDBs registraram maior crescimento, com estoque de R$ 472,7 bilhões, 34% maior do que no mesmo período do ano passado.
As LCIs somaram R$ 362 bilhões de estoque em junho, alta de 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o estoque de LCAs teve aumento de 12% e alcançou R$ 472,9 bilhões.
A LIG, título lastreado por créditos imobiliários, somou R$ 116,4 bilhões em estoque no período, aumento de 13% em comparação a junho de 2023. Já a Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo e mais direcionado a investidores institucionais, contabilizou aumento de 15% no estoque, para R$ 527,4 bilhões.
Com informações do Valor Econômico