Reta final de 2024 chegou: o que fazer agora com seus investimentos?

Uma dica: a diversificação continua a ser muito importante

Painel de cotações da B3 - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Estamos entrando no último trimestre com um ambiente externo que de maneira geral favorece os ativos de risco. Isso embora eventos importantes, como as eleições norte-americanas, ainda estejam por vir. Assim, quando olhamos para os mercados emergentes, notamos maior dispersão de retornos entre diferentes geografias e classes de ativos. Isso reflete as particularidades de cada região. Então, fica a pergunta: o que fazer agora com seus investimentos?

Então, um dos fatores centrais que moldam esse cenário é o Federal Reserve. É o banco central norte-americano que continua guiando o ciclo de afrouxamento monetário Ao mesmo tempo em que a economia dos EUA caminha para um pouso suave. O que evita uma desaceleração brusca.

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Por outro lado, na China, os recentes estímulos do governo também têm fortalecido a confiança dos investidores. Com isso, incentivando a alocação de capital em ativos de risco, especialmente com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico.

No entanto, apesar desse contexto favorável, o risco geopolítico permanece como um contraponto importante. Um exemplo é o potencial de uma escalada no preço do petróleo, que poderia desencadear um choque inflacionário severo, colocando em xeque os esforços dos bancos centrais ao redor do mundo para controlar a inflação. Este risco geopolítico, portanto, continua sendo uma variável crítica para monitorarmos, uma vez que pode influenciar o cenário econômico de forma abrupta.

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O que fazer com seus investimentos? Panorama internacional

Dessa maneira, ao observarmos os mercados, o índice S&P 500 apresentou retorno impressionante de +20% nos primeiros três trimestres de 2024. Assim, é o melhor desempenho desde 1997.

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ETFs locais no Brasil, como o SPXI11, tiveram desempenho ainda melhor, com alta de 30%. Ele foi impulsionado pela valorização do dólar frente ao real. Outro ativo de destaque foi o ouro, com ganho de mais de 14%. É a melhor performance desde o primeiro trimestre de 2016.

Além disso, o bitcoin também teve valorização notável nos últimos três meses, com o ETF BITI11 registrando alta superior a 15%.

E acumulando mais de 60% de valorização ao longo de 2024.

Assim, o cenário global de política monetária favorável, combinado com a redução da oferta de bitcoin e o aumento do uso de ETFs de bitcoin por consultores financeiros nos EUA, contribui para uma perspectiva otimista para essa classe de ativos.

As diversas classes de ativos locais

No Brasil, vimos uma demanda crescente por fundos de crédito, resultando em uma compressão significativa nos spreads de crédito.

Embora a classe de ativos ainda seja atrativa, é necessário maior seletividade nas alocações daqui para frente.

Da mesma forma, a renda fixa soberana continua oferecendo níveis interessantes de retorno, especialmente através de ETFs de renda fixa. Elas fornecem vantagens tributárias, maior agilidade operacional e menores custos de transação.

No mercado de renda variável, o debate sobre alocações é intenso.

Embora os preços atuais sejam considerados atrativos como ponto de entrada, muitos investidores questionam qual seria o gatilho para uma alta sustentável.

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Isso especialmente em meio ao novo ciclo de alta da taxa de juros básica. Para mitigar essas incertezas, uma abordagem estruturada, com alocações eficientes e de baixo custo, pode gerar o tão desejado Alpha sobre o Ibovespa. Exemplos disso são o ETF BOVV11 e o Fundo Itaú Smart Ações.

Uma estratégia de investimento simples

Essa estratégia de investimento reflete o conceito Core-Satellite, onde a maior parte do portfólio é alocada em estratégias estáveis e de baixo custo (Core), enquanto uma parcela menor é destinada a ativos mais arriscados e específicos (Satellite), visando aumentar os retornos sem comprometer a segurança da carteira.

Apesar do otimismo observado no terceiro trimestre, o quarto pode trazer turbulências, especialmente em função dos riscos geopolíticos e econômicos.

Os cenários que pareciam estáveis podem se tornar rapidamente obsoletos, exigindo portfólios resilientes que sejam capazes de resistir a choques e aproveitar oportunidades.

A diversificação nunca foi tão importante

Nesse contexto, a diversificação – tanto em termos de classes de ativos quanto de geografias – continua sendo a melhor estratégia.

Afinal, como dizem, o único almoço grátis no mundo dos investimentos é a diversificação.

Então, busque seu almoço grátis e construa um portfólio equilibrado que possa navegar nesse ambiente dinâmico e desafiador.

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A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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