Post no X derruba ações da MicroStrategy mesmo com bitcoin a US$ 99 mil

Empresa de software de Michael Saylor está entre os maiores proprietários de bitcoins do mundo

Michael Saylor, presidente e CEO da MicroStrategy: ele começou a comprar bitcoin em 2020 como uma proteção contra a inflação e uma alternativa para reter caixa da empresa. Foto: Mariana Pekin/Inteligência Financeira
Michael Saylor, presidente e CEO da MicroStrategy: ele começou a comprar bitcoin em 2020 como uma proteção contra a inflação e uma alternativa para reter caixa da empresa. Foto: Mariana Pekin/Inteligência Financeira

Enquanto o bitcoin marcha firme em direção aos US$ 100 mil (bateu em US$$ 99 mil horas atrás), uma das maiores compradoras da criptomeda do mundo, a empresa de software MicroStrategy, de Michael Saylor, desaba na bolsa de valores.

Nesta quinta-feira (21), as ações da MicroStrategy fecharam em queda de 16,2% na Nasdaq, bolsa de empresas de tecnologia de Nova York. Os papeis retrocediam tão rápido quanto o voo do bitcoin rumo aos US$ 100 mil. A cripto de referência do mercado encerrou o dia com alta de 4%. No acumulado ano, o salto já é de 130%.

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As ações da empresa de Michael Saylor começaram a cair no instante em que a Citron Research, casa de análises do investidor e ativista Andrew Left, alertou seus seguidores, via X (ex-Twitter), sobre a MicroStrategy.

No post, Left escreveu que continuava apostando no bitcoin. Mas, por isso, passaria a investir contra a MicroStrategy, via contratos de derivativos.

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Segundo ele, a operação era uma medida de proteção, conhecida no mercado como estratégia de hedge, frente à alta do bitcoin.

‘Short’ em MicroStrategy

Left é conhecido por abrir posições de venda à descoberto (short squeeze) com relativo sucesso. Nessas operações, o investidor adquire contratos de opções que se favorecem quando o valor do ativo cai, ao invés de subir na bolsa.

Segundo ele, a MicroStrategy, dona de 331,2 mil bitcoins, de acordo com posição de caixa divulgado pela empresa em 17 de novembro, estaria supervalorizada na bolsa. As ações da empresa chegaram a subir 600% neste ano.

Mas, segundo críticos, a alta nos papeis da companhia estaria relacionada à estratégia de manter caixa em criptomoedas. E não, propriamente, à sua atividade principal, que é o desenvolvimento de programas para computadores.

Ações estariam caras demais

Michael Saylor é conhecido pelo apelido de ‘Bilionário do Bitcoin’, justamente por sua decisão de começar a comprar criptos com o caixa da MicroStrategy, empresa que fundou.

Ele já esteve no Brasil e, inclusive, foi entrevistado pela Inteligência Financeira. Assista a conversa aqui.

Em seu post no X. Andrew Left parabeniza Michael Saylor pela estratégia de sucesso. Mas “agora que investir em bitcoin está mais fácil do que nunca, o preço das ações da MicroStrategy se separou completamente dos fundamentos do bitcoin”, escreveu o ativista.

“Enquanto a Citron se mantem otimista com o bitcoin, nós nos protegemos com uma posição short na MicroStrategy”, afirma Andrew Left. “Muito respeito a Michael Saylor, mas até ele sabe que (as ações da empresa) estão superestimadas”, ele conclui.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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