Buffett sobre bitcoin: ‘tento evitar coisas estúpidas, ruins ou que me fazem parecer mal’

A crítica do megainvestidor foi feita em conferência com acionistas de Omaha, nos Estados Unidos

(Foto: Art Rachen/Unsplash)
(Foto: Art Rachen/Unsplash)

Warren Buffett disse que se mantém contrário ao investimento em bitcoin e outras criptomoedas, já que, segundo ele, é um ativo que não produz nada, só depende que um investidor pague mais do que o anterior para subir de preço.

“Se as pessoas nesta sala fossem donas de todas as fazendas nos EUA e oferecessem 1% ao nosso grupo eu assinaria um cheque. Se vocês dissessem que são donos de 1% dos apartamentos, eu compraria também. Mas o bitcoin não. A única coisa que eu poderia fazer com um bitcoin seria vendê-lo de volta”, defendeu o fundador da Berkshire Hathaway, na conferência com acionistas de Omaha no sábado (30).

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O vice-presidente da Berkshire, Charlie Munger, foi além. Para ele, o presidente chinês Xi Jinping estava certo ao banir as criptomoedas do país. “Eu tento evitar coisas estúpidas, ruins ou que me fazem parecer mal, e o bitcoin faz as três coisas”, disparou.

Futuro da Berkshire

O vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, disse que a cultura da empresa vai durar muito ainda depois que ele e o presidente da companhia, Warren Buffett, partirem. Ainda na conferência com acionistas, Buffett fez questão de lembrar que há outros gestores comprando ativos pela empresa.

“Eu vejo manchetes todos os dias falando que Buffett está comprando alguma coisa, quando é a Berkshire que fez isso. Algumas vezes eu nem sei do que se trata”, brincou. Buffett usou a confusão que existe entre ele e sua empresa para dar sua opinião a respeito de companhias que se posicionam politicamente.

“Posicionar-se politicamente sobre qualquer assunto deixa, com mais facilidade, as pessoas bravas do que felizes. O melhor é não falar nada para não fazer um monte de gente da sua organização encarar as consequências de algo que não fizeram”, afirmou.

O megainvestidor admitiu ainda que está aumentando sua participação na produtora de videogames Activision Blizzard, recentemente comprada pela Microsoft. De acordo com ele, a Berkshire comprou US$ 1 bilhão em ações da Activision no quarto trimestre de 2021 sem saber que a empresa seria adquirida e que desde que o negócio saiu a US$ 95 por ação tem aumentado essa participação, que já chegaria a 9,5%.

Munger, por sua vez, falou sobre os riscos envolvidos em fazer investimentos na China, que reconhecidamente intervém no mercado de ações e nas empresas. “Há mais dificuldades em lidar com negócios na China do que nos EUA. O motivo pelo qual eu invisto na China é porque consigo chegar a empresas melhores a preços mais baixos, mas todos estão mais preocupados com a China agora do que estavam antes.”

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