Bitcoin, pelo 2º dia seguido, opera próximo de US$ 90 mil; mercado avalia até onde vai o rali
Subida, que começou após a vitória de Donald Trump, já acumula alta superior a 30% em uma semana
Vinte e quatro horas depois de rondar pela primeira vez o patamar de US$ 90 mil, o bitcoin passou toda a terça-feira na casa dos US$ 89 mil, num sinal de que o investidor não tem pressa para liquidar posições. E, de momento, aposta que há fôlego para mais.
O rali do bitcoin, que começou na semana passada após a vitória de Donald Trump, já acumula alta superior a 30% desde então. Os investidores estão aumentando a aposta de que, enfim, a profecia dos traders de criptomoedas vai se concretizar. E o bitcoin pode, em breve, alcançar a cotação de US$ 100 mil.
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As primeiras apostas institucionais nessa direção já começaram a chegar ao mercado. A exchange Deribit, maior do mundo para opções em cripto, disse que espera a cotação do bitcoin em US$ 100 mil antes do fim do ano.
E a MicroStrategy, de Michael Saylor, que mantém uma posição bilionária em criptomoedas, informou que reforçou até 10 de novembro o caixa com 27,2 mil bitcoins, desembolsando US$ 2 bilhões por isso.
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O que vai acontecer com a criptomoeda?
Por tudo isso, Marcello Cestaria, especialista em criptomoedas da Empiricus, acha que o investidor ainda encontra espaço para montar uma carteira com a principal moeda digital do mercado.
“No curto prazo, é quase impossível prever o preço. Mas se você está se perguntando se agora é a hora de vender ou não, nunca estive tão otimista quanto estou agora”, ele afirma. “No médio e longo prazos, creio que voaremos muito alto ainda”, destaca.
Na semana passada, Alexandre Ludolf, consultor de empresas cripto, explicou que até os US$ 100 mil, o mercado cripto precisaria enfrentar dois pontos de resistência. O primeiro, aos US$ 78 mil. O segundo, talvez o último grande ponto de resistência, em US$ 92,8 mil. Esse primeiro já caiu. Agora, é observar como a cripto avança, e se avança, nesse patamar acima dos US$ 90 mil.
Um ponto de resistência é um nível de preço do ativo em que a ponta vendedora é forte o suficiente para evitar que ele suba ainda mais. É exatamente como um teto no qual o preço tem dificuldade em romper. É, assim, devido às ordens de liquidação dos investidores que vendem o ativo quando ele se aproxima desse patamar.
Por quê o bitcoin está subindo?
O que está por trás desse novo rali do bitcoin é a eleição de Donald Trump, que se declarou favorável a uma política pró criptos. Mas não somente isso. Os republicanos ganharam as eleições também no Congresso. E, a partir de agora, os entusiastas da blockchain, espera, uma série de alterações no ambiente regulatório americano.
Trump prometeu que pretende demitir o presidente da SEC, a xerife do mercado de capitais dos Estados Unidos, Gary Gensler. Isso anima o mercado porque, nos últimos anos, o executivo comprou algumas brigas com o mercado cripto. Diz-se que a demora para a liberação dos ETFs de bitcoin e ether à vista foi devido à postura anti-cripto de Gensler.
A segunda mudança seria a liberação para que as criptomoedas possam acessar o sistema bancário tradicional dos Estados Unidos. Enquanto no Brasil, bancos como BTG, Nubank e Itaú já oferecem acesso e custódia de criptomoedas, nos EUA essa prática ainda não é permitida.