Bitcoin (BTC) cai com realização e ausência de menções a cripto em 1º dia de Trump

Os investidores aproveitam para realizar ganhos, no tradicional movimento de 'sobe no boato e cai no fato'

O bitcoin (BTC) opera em queda nesta terça-feira (21) após uma decepção com a falta de menções ao setor de criptoativos pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na véspera, quando tomou posse. O tema não apareceu em seu discurso inaugural e nem na primeira de ordens executivas do mandato.

Com a ausência de notícias que apoiem uma continuidade do rali que levou a maior das criptomoedas a renovar máxima histórica aos US$ 109 mil por unidade no dia anterior, os investidores aproveitam para realizar ganhos, no tradicional movimento de “sobe no boato e cai no fato”.

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Por ora, medidas muito esperadas como a prometida criação de uma reserva estratégica de bitcoin não foram mencionadas. Apesar disso, boa parte do mercado espera que a libertação do fundador do Silk Road, Ross Ulbricht, esteja a caminho. O Silk Road era um marketplace da deep web no qual eram anunciados diversos produtos, inclusive drogas. O bitcoin era amplamente aceito na plataforma.

Bitcoin hoje

Perto das 9h26 (horário de Brasília), o bitcoin caía 2,3% em 24 horas, cotado a US$ 104.308. Já o ether, moeda digital da rede Ethereum, exibia leve alta de 0,2%, a US$ 3.310, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 3,74 trilhões.

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Em reais, o bitcoin tem perdas de 2,8% a R$ 633.201, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor. Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, caía 3,7%, a US$ 3,14. Enquanto a solana tinha queda de 5,4%, a US$ 240,98, e o BNB (token da Binance Smart Chain) opera estável, a US$ 691,18.

Usando análise técnica, Kais Altabbaa, gerente de negócios da Bitget, afirma que, apesar da correção, o bitcoin continua em uma tendência de alta, com suporte imediato em US$ 100 mil e resistência próxima a US$ 110 mil. “Indicadores técnicos, como o IFR (Índice de Força Relativa), apontam uma condição de sobrecompra, sugerindo uma possível correção no curto prazo antes de retomar o movimento ascendente. O volume de negociações permanece elevado, refletindo o forte interesse no ativo”, avalia.

Para Altabbaa, o bitcoin pode se consolidar entre US$ 100 mil e US$ 110 mil nas próximas semanas enquanto tenta romper novas máximas. Na opinião do especialista, políticas claras do governo dos EUA sobre criptomoedas serão essenciais para sustentar o rali.

Com informações do Valor Econômico

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