Criptomoedas retomam US$ 1 trilhão com avanço do bitcoin e do ether

Movimento no começo da semana mostra uma sensível melhora nos mercados de risco

Foto: Kanchanara/Unsplash
Foto: Kanchanara/Unsplash

As criptomoedas retomaram o patamar acima de US$ 1 trilhão com o forte avanço do bitcoin e do ether durante o final de semana e a sensível melhora nos mercados de risco. O bitcoin, a maior das moedas digitais, voltou a ser negociado acima de US$ 22 mil, patamar inédito desde 8 de junho.

Os maiores ganhos, no entanto, são do ether, a moeda digital da rede ethereum, que passou com sucesso por um novo teste de sua atualização e segue em direção à casa de US$ 1.500. Nos últimos sete dias, o ether acumula alta de 27,1%.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Perto das 8h30 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 22.206,46, com alta de 3,8% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether valia US$ 1.483,59, com valorização de 9%. Em reais, o bitcoin estava em R$ 119.646,14 (alta de 3,75%) e o ether, R$ 8.000,73 (alta de 3,92%), segundo o MB.

Para André Franco, chefe de análise do MB, apesar da forte recuperação dos últimos cinco dias, a chamada lateralidade ainda segue como padrão característico das criptomoedas.

“Lateralidade até que se prove o contrário. Por mais que nos últimos cinco dias tenham tido quatro dias de alta, a figura gráfica do bitcoin ainda é de lateralidade. Já estamos há 30 dias nesse cenário, com os preços variando entre US$ 19 mil e US$ 22 mil”, disse, reconhecendo que o avanço do bitcoin “acende as esperanças do mercado” de recuperação.

A correlação entre o bitcoin e as ações americanas está no menor nível deste ano, segundo análise da Bloomberg. O coeficiente de correlação de 40 dias entre o bitcoin e as ações americanas, medida pelo índice Nasdaq 100, caiu abaixo do patamar de 0,50, para níveis vistos anteriormente em janeiro. Na visão de analistas, o dado instiga debates sobe um possível “decoupling” entre as duas classes de ativos.

César Felix, gerente de Customer Experience da NovaDAX, avalia que apesar do momento de alta do bitcoin, o ambiente ainda é de muita incerteza enquanto a moeda digital não conseguir romper a resistência gráfica dos US$ 23 mil. “Apesar da alta, o cenário continua de acúmulo de moedas em carteiras, indicando uma movimentação do mercado em busca de minimizar os possíveis impactos oriundos da alta da inflação norte americana”, diz Felix.

Na sexta, ocorreu o anúncio oficial da data de lançamento do ethereum 2.0, marcado para 19 de setembro. As novidades em relação à atualização do ethereum — chamada “The Merge”, que mudará o processo de validação das transações da rede de proof of work (PoW) para proof of stake (PoS) —concentra atenção do mercado por trazer mais escalabilidade e sustentabilidade ao protocolo.

Nesta semana, não haverá indicadores econômicos importantes nos EUA, mas a zona do euro divulgará inflação ao consumidor na terça e o Banco Central Europeu (BCE) fará sua reunião para definir a taxa de juros na quinta-feira, com discurso da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde na sequência.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS