WEG (WEGE3) quer avançar na China e na Índia com aquisição de divisão de motores elétricos
Negócio deve acrescentar cerca de 10% à receita líquida da WEG, que quer usar capacidade ociosa das fábricas compradas para ganhar sinergias
Executivos da WEG (WEGE3) sinalizaram nesta segunda-feira (25) foco nos gigantescos mercados de Índia e China como motivadores para a aquisição da divisão de motores elétricos da Regal Rexnord.
Em teleconferência com analistas, o diretor da área de motores da WEG, Alberto Kuba, disse que frisou que o negócio permitirá avançar na China, onde a participação da empresa ainda é pequena, assim como na Índia.
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A WEG anunciou mais cedo a compra dos negócios de motores elétricos industriais e geradores da Regal por US$ 400 milhões.
O acordo inclui a compra de 10 fábricas em 7 países (Estados Unidos, México, China, Índia, Itália, Países Baixos e Canadá) e uma equipe de aproximadamente 2.800 colaboradores.
Os executivos da WEG também citaram que um dos principais ganhos esperados com a compra da divisão de motores elétricos da Regal Rexnord é a capacidade produtiva ociosa, o que lhe dará espaço para crescer nos próximos anos.
“As operações adquiridas estão com nível de uso de cerca de 50% da capacidade, disse o diretor financeiro da WEG, André Luis Rodrigues.
Segundo o executivo, isso vai complementar necessidades da WEG, que tem operações no limite da capacidade, sem espaço para ampliar a produção.
Com base em números de 2022, a WEG estimou que os negócios adquiridos lhe trarão um aumento anual de cerca de R$ 2,8 bilhões, o equivalente a quase 10% da receita líquida da companhia.
A expectativa da WEG é de que consiga as aprovações regulatórias para a conclusão da compra no primeiro trimestre de 2024.
A WEG também estima ganhos de sinergia, por entender que as fábricas adquiridas são complementares ao seu negócio.
Reação
Após o anúncio da transação, a ação da WEG subiu cerca de 4,60% na B3, cotada a R$ 36,13.
No acumulado de 2023, no entanto, o papel ainda tem desvalorização de 4,92%.
Em relatórios, analistas consideraram que a operação garante à WEG crescimento e diversificação das receitas em moedas fortes para os próximos anos.
A equipe do Santander Brasil calculou que o negócio pode gerar até R$ 8 bilhões em valor patrimonial, ou cerca de 5% do valor de mercado atual da WEG.
Tanto Santander quanto Goldman Sachs, no entanto, seguem com recomendação neutra para as ações da WEG.