Venezuela: chavismo enfrenta maior desafio em 25 anos nas eleições deste domingo; entenda

Oposição, liderada pelo moderado Edmundo González, buscará acabar com o domínio de um quarto de século do chavismo na Venezuela

Eleições na Venezuela acontecem neste domingo sob muita apreensão internacional - Foto: Venezolana de Televisión
Eleições na Venezuela acontecem neste domingo sob muita apreensão internacional - Foto: Venezolana de Televisión

O chavismo na Venezuela enfrenta neste domingo — quando a população vai às urnas para definir seu novo presidente — o maior desafio dos 25 anos em que está à frente do país.

Os dois principais candidatos com mais chances de vitória na Venezuela são Nicolás Maduro, presidente que busca um terceiro mandato. E o embaixador Edmundo González Urrutia, da coligação Plataforma Democrática Unitária.

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Mas é um nome que estará ausente das cédulas que atrai a maior atenção do pleito: María Corina Machado.

Candidata natural

Machado seria a candidata natural da oposição, não fosse uma determinação da Justiça venezuelana anulando os resultados da primária auto-organizada por partidos contrários a Maduro.

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Em seu lugar entrou o diplomata de carreira Edmundo González, de perfil moderado. Foi aceito por unanimidade pela oposição para ser o candidato que buscará acabar com o domínio de um quarto de século do chavismo na Venezuela.

Eleições na Venezuela

As eleições ocorrem após esforços dos EUA e seus aliados europeus para convencer Maduro a realizar um pleito justo em troca de um alívio em algumas das sanções econômicas impostas por Washington a Caracas.

O governo de Maduro firmou um acordo em Barbados em outubro de 2023, com a oposição apoiada pelos EUA, comprometendo-se a realizar uma eleição democrática.

Mas depois ele rompeu o acordo, queixando-se que os EUA não ajudaram a Venezuela a recuperar o acesso a contas internacionais congeladas.

Chances de vitória na Venezuela

As chances de vitória da oposição são explicadas em parte pela situação econômica do país, que vive uma crise prolongada.

Maduro afirmou em fevereiro que a economia venezuelana cresceu 5% em 2023 e projetou um aumento de pelo menos 8% para este ano. Os números do governo são otimistas em relação à projeção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que em abril previu um crescimento de mais de 4% para 2024.

O próprio Banco Central da Venezuela reconheceu que entre 2013 e 2018 o produto interno bruto (PIB) do país se contraiu 52,3%.

Além dos problemas econômicos, o país ainda convive com a perseguição da oposição, com cerca de 37 ativistas contrários ao governo detidos ou escondidos para evitar a reclusão desde janeiro, segundo partidos que formam a Plataforma Democrática Unitária.

Como funciona a eleição?

A eleição na Venezuela ocorrerá no próximo dia 28 de julho e definirá apenas o presidente do país em disputa de turno único.

A Procuradoria Geral da Venezuela disse que irá enviar 1.236 funcionários para acompanhar o pleito, que ficarão espalhados pela sala de controle eleitoral, em Caracas, e também nas unidades de votação em todo o país.

O evento será esvaziado de observadores internacionais e a principal delegação do exterior que irá acompanhar o evento será do centro de estudos Carter Center.

Quem são os candidatos?

Embora sejam 10 os candidatos que participam da disputa, os que têm mais chances são Maduro, que já está no poder há 11 anos no cargo, e González, da oposição.

Embaixador na Argélia e depois na Argentina, González deixou o governo em 2002 durante o governo Chávez. Desde então, ele trabalhou em centros de estudos especializados em política externa, com um curto período, há uma década, como elemento de ligação internacional da oposição.

Durante a campanha, o ex-diplomata continuou o tom discreto, deixando Machado assumir o protagonismo dos comícios.

Com informações do Valor Econômico

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