Varejistas devem apresentar resultados fracos no 3º tri, mas alta renda é mais resistente, diz XP

Analistas dizem que e-commerces devem ter crescimento presisonado e queima de caixa

Varejo de roupas. Foto: Pixabay
Varejo de roupas. Foto: Pixabay

Os resultados do setor de varejo no terceiro trimestre devem ser fracos, diz a XP, diante da renda disponível ainda pressionada, desafios relacionados ao clima e uma base de comparação mais normalizada.

Os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escrevem que o destaque continuará sendo as empresas de alta renda, resistentes ao cenário macroeconômico, apesar de provavelmente apresentarem desaceleração no crescimento.

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“Quanto às varejistas de média e baixa renda, esperamos um crescimento de receita pressionado pela antecipação da demanda de inverno no segundo trimestre, pela primavera atrasada e pelo impacto do cenário macro”, comentam.

No lado negativo, as empresas que lidam com comércio eletrônico devem ter crescimento pressionado e queima de caixa, tendências vistas no período imediatamente anterior, por conta das incertezas macro e base de comparação difícil.

“Não esperamos recuperações de margem significativas, dado que o baixo crescimento limita a alavancagem operacional, contribuindo para a continuidade dos prejuízos e queima de caixa”, apontam.

O varejo alimentar deve ter crescimento consistente de receita, apesar de desaceleração nas vendas mesmas lojas por conta da deflação no setor. O atacarejo vai se manter como destaque, mesmo com pressão de margem em meio à forte expansão do setor.

Farmácias também terão bons números, mas menores que no segundo trimestre, quando foram impulsionados pelos reajustes nos preços. Margens devem ficar estáveis, por conta da alavancagem operacional e ganhos de eficiência.

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