Varejistas no Brasil terão um 2º tri fraco, exceto Mercado Livre, prevê Itaú BBA

Maiores varejistas devem ter tido nova rodada de resultados fracos

Frederico Trajano, do Magazine Luiza. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Frederico Trajano, do Magazine Luiza. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

As maiores varejistas no Brasil devem ter tido uma nova rodada de resultados fracos no segundo trimestre, com a notória exceção de Mercado Livre, segundo o Itaú BBA.

Em relatório de prévias divulgados nesta sexta-feira (14), o banco de investimentos previu que na média o setor vai oscilar entre baixo crescimento e queda nas vendas comparáveis.

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Para Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3), a previsão do BBA é de declínio das receitas pelo critério de mesma rede de lojas e compressão das margens de lucro.

“O varejo alimentar tem sido afetado por tendências desafiadoras de deflação e acirramento da concorrência, principalmente no Sudeste do país”, diz relatório assinado por Thiago Macruz.

Para o Magazine Luiza (MGLU3), a expectativa do BBA é de aumento de 1,7% da receita líquida e queda das margens de lucro, mesmo com esforços da empresa para obter ganhos de eficiência. Ainda assim, o analista crê que a varejista terá um prejuízo líquido de R$ 208 milhões no trimestre.

A previsão é pior para a Lojas Renner (LREN3), com queda ano a ano de 8% das vendas comparáveis e o período promocional levando a queda das margens da varejista de moda.

Um mix de sólido crescimento das receitas (+19% ano a ano), mas com redução das margens, é o que deve trazer o balanço da Arezzo (ARZZ3), com o lucro caindo 15%, apontou o banco.

Natura e Raia Drogasil

O BBA previu ainda um crescimento modesto na receita da Natura na América Latina, com as marcas Natura e Avon repetindo as tendências do primeiro trimestre.

Aumentos de preços e um mix de categorias mais caras compensarão em parte no lucro os efeitos negativos de ajustes operacionais sobre a fabricante de cosméticos, segundo o relatório.

Raia Drogasil (RADL3), por sua vez, terá o resultado trimestral afetado pelo menor reajuste nos preços dos medicamentos, de 6% em 2023, ante 11% em 2022, afirmou Macruz.

Ainda assim, o analista previu aumento de 11% das vendas comparáveis da rede de drogarias, e crescimento de receita líquida de 18%.

A grande exceção na temporada deve ser o Mercado Livre (MELI34), segundo o banco de investimentos, com a divisão de comércio eletrônico crescendo as vendas em 20% do GMV.

Enquanto isso, o braço de fintech Mercado Pago deve ter se beneficiado da estratégia de monetização da plataforma, segundo relatório.

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