Vale (VALE3) pretende usar hidrogênio quando ele for competitivo

Diretor da companhia disse que Brasil precisa entrar na corrida pela produção de combustível verde

Foto: Washington Alves/Reuters
Foto: Washington Alves/Reuters

O diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da Vale (VALE3), Rogério Nogueira, alertou que o Brasil precisa entrar na corrida pela produção do hidrogênio em uma aliança entre iniciativa privada e governo, ou vai ficar de fora da indústria que se expande no mundo inteiro.

Segundo ele, a Vale pretende usar o hidrogênio quando o mesmo se tornar competitivo.

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“Quando o hidrogênio se tornar competitivo a gente pode usar, mas agora tem que ter precondições básicas para que a produção seja econômica. A primeira predisposição econômica tem que ser de minério de ferro de altíssima qualidade e o gás natural tem que ser a preço competitivo”, disse Nogueira, durante apresentação na Prumo Day, que está sendo realizada no Rio de Janeiro.

Ele destacou que o mundo inteiro está competindo para largar na frente da produção de hidrogênio, e que a palavra do momento para o Brasil é “timing”.

“A gente tem a base natural para fazer hidrogênio competitivo, mas nosso custo é alto, os financiamentos são demorados. Temos que olhar a qualidade dos desafios e perspectivas para não ser passageiro nessa história”, destacou.

Informou também que o preço do gás natural em outros países é muito inferior ao do Brasil, o que deve atrair mais projetos de hidrogênio para outras regiões, apesar de o Brasil ser apontado como um dos polos mais competitivos para a produção do combustível na sua versão verde.

Segundo ele, na Arábia Saudita o preço do gás natural é 13 vezes mais barato do que no Brasil, assim como em outras regiões do Oriente Médio, que podem disputar projetos com o Brasil.

O gás natural no Brasil gira em torno dos US$ 12 o milhão de BTU, enquanto no mercado internacional é possível pagar até US$ 2 por milhão de BTU.

“Se nós perdemos o timing vamos ficar passageiros dessa história. A Vale tem trabalhado em todas as geografias e, como brasileiros, queremos ver o processo do Brasil. A gente precisa trabalhar junto para que consiga fazer algo competitivo”, explicou.

Com informações do Estadão Conteúdo

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