Tim Cook, o CEO da Apple, ganhou quase US$ 100 milhões em 2021
A ação da Apple subiu mais de 30% no ano passado, atravessando habilmente a crise das cadeias de abastecimento
O CEO da Apple, Tim Cook, que celebra seu décimo aniversário à frente da gigante americana em 2021, recebeu no ano passado US$ 98,73 milhões na forma de salário, incentivos e ações. Isso representa um aumento de quase 570% em relação a 2020, conforme documento apresentado na quinta-feira (6) pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
A maior parte da renda de Cook consistiu em US$ 82,35 milhões em ações que lhe foram concedidas pela Apple. O executivo também recebeu US$ 12 milhões por superar as metas financeiras internas. O salário base anual de Cook, de US$ 3 milhões, não mudou em relação aos anos anteriores.
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Na segunda-feira (3), a Apple superou a marca dos US$ 3 trilhões em capitalização de mercado, algo inédito na história da Bolsa de Nova York. Na tarde desta sexta-feira, a empresa estava cotada a US$ 2,83 trilhões.
A ação da Apple subiu mais de 30% em 2021, atravessando habilmente a crise das cadeias de abastecimento. Por trás da ascensão da empresa fundada por Steve Jobs e Steve Wosniak, e hoje liderada por Cook, está a forte fidelidade de seus consumidores.
A pandemia fez disparar as vendas de outros dispositivos Apple, além do iPhone, como os Macs e iPads, entre profissionais que escolheram incrementar seus “home offices”, mas também entre as pessoas que usavam seus assessórios para trabalhar, estudar e socializar. Os investidores também optaram pela segurança das ações da Apple em uma economia global cada vez mais incerta.
2021: Wall Street em alta apesar da pandemia
A remuneração milionária recebida pelo CEO da Apple é fruto de um ano em que as ações nas bolsas de valores de Wall Street tiveram um aumento gigantesco. O desempenho positivo empurrou a riqueza dos executivos e fundadores de empresas, que têm parte de sua renda atrelada ao resultado de seus negócios, para níveis nunca vistos antes.
Certamente, o ano trouxe algumas coisas que serão lembradas por muito tempo com carinho, como o robusto ganho anual de 27% do Índice S&P 500. Neste cenário, quem teve o maior aumento em sua fortuna foi o fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk. Ele obteve um crescimento impressionante de 75% em seu patrimônio em apenas um ano, deixando para trás bilionários como Jeff Bezos ou Bill Gates.
Como se não bastasse um patrimônio líquido de US$ 273,5 bilhões (R$ 1,5 trilhão), nos primeiros dias deste ano Musk bateu seu próprio recorde, quando nesta terça-feira (4) acrescentou mais US$ 32 bilhões (R$ 181 bilhões) à sua fortuna.
O salto veio depois que o preço das ações da Tesla disparou, após o anúncio de que a fabricante de carros elétricos lançou 936 mil veículos no ano passado, uma marca que excedeu em muito as projeções dos analistas.
Musk é seguido por outros super-ricos, como os co-fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin — com suas fortunas crescendo 57% e 56% no ano passado, respectivamente.
Com informações de agências.