Startup de educação Educbank levanta R$ 70 mi em debêntures e prevê crescer 25 vezes em 3 anos
Negócio usa instrumentos do mercado financeiro para canalizar acesso a capital de giro para escolas
O Educbank, plataforma especializada no setor de educação, anunciou nesta segunda-feira (7) a captação de R$ 70 milhões em debêntures lastreadas em mensalidades escolares.
A transação, a primeira deste tipo no Brasil, foi coordenada pelo Itaú BBA.
Os papéis, com vencimento em 2026, foram vendidos para investidores institucionais e embutem rentabilidade equivalente a CDI + 6,5% ao ano.
O Educbank usa instrumentos de mercado financeiro para canalizar acesso a capital de giro para escolas privadas de ensino fundamental e médio. Também oferece tecnologias para melhorar a gestão financeira das escolas.
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Por esse desenho, a startup canaliza para as escolas os valores equivalentes aos das mensalidades, o que as protege do risco de inadimplência.
Em troca, cobram uma tarifa, que varia de acordo com o perfil da instituição de ensino.
É um modelo similar ao do QuintoAndar, que garante ao dono do imóvel administrado pela startup do mercado imobiliário que ele receba os valores da locação em dia, mesmo quando o inquilino não paga aluguel ou atrasa.
O modelo permite que as escolas concentrem seus esforços no ensino, disse à Inteligência Financeira o fundador e presidente do Educbank, Danilo Costa (na imagem, ele aparece sentado)
“Percebemos que não existia linha de crédito para instituições de ensino básico no país”, disse Costa.
História
Fundado em 2020, o Educbank inicialmente usou recursos dos próprios fundadores.
Em 2021, a instituição fez sua primeira captação de recursos de investidores privados.
No ano passado, a fintech levantou R$ 200 milhões numa rodada liderada pela Vasta, do grupo Cogna, e acompanhada pela Marrakech Capital.
No começo deste ano, Costa foi premiado por seu trabalho na Educbank na 24ª edição do SXSW Innovation Awards, prêmio global de inovação.
Agora, com a emissão de debêntures, deu seu primeiro passo no uso de recursos do mercado para dar tração ao negócio.
“Precisávamos demonstrar nossa tese de investimento antes de acessar o mercado”, disse Caio Noronha, confundador do Educbank.
O Educbank estima transacionar mais de R$ 1 bilhão em pagamentos escolares em um ano e prevê atingir 1/4 do mercado endereçável do Brasil, estimado em R$ 25 bilhões.
Em outras palavras, a expectativa dos fundadores é de que o negócio cresça 25 vezes nos próximos três anos, atendendo 10 mil escolas.