Itaú vê Copom ‘otimista’ com inflação; Bradesco descarta aceleração de cortes da Selic
Banco suíço Julius Baer aponta ambiente favorável para investimentos em ações
Com a esperada queda da Selic para 11,25%, o Copom indicou novos cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas duas reuniões de política monetária.
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Em relatório, diante de mensagem e decisão inalteradas do colegiado, o Itaú Unibanco destacou o cenário para a inflação no Brasil.
O banco enfatizou especificamente as previsões para 2025, que agora é o ano principal no horizonte relevante de política monetária.
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“O comitê manteve a projeção de inflação para 2025 inalterada em 3,2%, ao mesmo tempo em que reduziu marginalmente o componente de preços livres”, observou o Itaú.
“Essa mudança, com bastante boa vontade, pode ser lida como uma visão ligeiramente mais otimista”, avaliou o banco.
O Itaú segue esperando que a taxa Selic termine 2024 em 9% ao ano.
Copom não vai acelerar
Para o Bradesco, o comitê apontou que as dinâmicas da inflação e da atividade econômica estão dentro do previsto.
Assim, com o IPCA cheio e os núcleos caminhando na direção das metas, o colegiado continuará o ciclo de cortes no ritmo atual nas próximas reuniões.
“Em resumo, o BC reforçou, mais uma vez, que não deve acelerar o ritmo de corte de juros pelo menos nas próximas duas reuniões – tampouco desacelerar”, apontou a instituição.
Em relação à taxa terminal, o Bradesco manteve a estimativa de que a Selic deve cair a 9,25% este ano.
“Uma convergência mais intensa das expectativas, porém, pode abrir espaço para cortes adicionais em relação ao nosso cenário”, acrescentou o banco.
Bom para as ações
Enquanto isso, além da queda da Selic no Brasil, o banco suíço Julius Baer tratou em relatório das flexibilizações de política monetária na Colômbia e no Chile.
O BC colombiano cortou os juros em 0,25 ponto, para 12,75%.
Já a autoridade chilena baixou a taxa em 1 ponto, para 7,25%.
“A tendência regional de desaceleração da inflação continua enquanto as orientações futuras dos bancos centrais sugerem mais cortes.”
“Acreditamos que o ciclo de flexibilização em curso nos mercados latino-americanos sugere um ambiente favorável para investimentos em ações locais.”
E pode melhorar. O Julius Baer acredita que os primeiros cortes de juros nos Estados Unidos tendem a ampliar os ganhos nesses três mercados
Por fim, o banco tem recomendação “overweight” para as ações latinas. Ou seja, com potencial de valorização acima dos respectivos índices de referência.