Como Haddad vê a nova alta da Selic?
Ministro comentou as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos
O corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros nos Estados Unidos veio com atraso. Foi o que disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciará um ciclo duradouro de reduções de juros. Que beneficiará todo o planeta, na avaliação dele.
“Penso que (o corte de juros nos Estados Unidos) veio um pouco atrasado, mas veio. Nós estávamos esperando para junho o corte do Banco Central americano. Teve uma pequena turbulência no começo do ano que, de certa maneira, causou alguma turbulência em todos os mercados”, disse Haddad.
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“O dólar subiu aqui, mas penso que agora (o Fed) deve entrar em uma trajetória de cortes. Eu penso que isso vai ser duradouro”, acrescentou o ministro.
Segundo Haddad, o início dos cortes de juros nos Estados Unidos trará mais previsibilidade para a economia global e evitará. Bem como reduzir a volatilidade no mercado financeiro nos próximos anos.
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“Não acredito que em 2025, 2026, nós tenhamos surpresas. O que é ótimo para o Brasil e para o mundo. Porque isso dá um alívio doméstico grande e nos coloca uma responsabilidade de continuar fazendo um trabalho de arrumação da casa aqui para colher os frutos desses ventos favoráveis”, concluiu o ministro.
Alta da Selic
Já em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano, Haddad não quis fazer comentários. Apenas disse que o aumento de 0,25 ponto não lhe causou surpresas.
“Não me surpreendi [com o Copom], mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito. Vou dar uma olhada, vou conversar internamente, vou verificar o que esperar para o futuro próximo”, justificou.
Até meados do ano passado, Haddad comentava as decisões do Copom, criticando o atraso do Banco Central em começar a reduzir os juros e o tom de alguns comunicados. Quando a autoridade monetária começou a reduzir a Selic, em agosto do ano passado, o ministro celebrou a decisão.
Com informações da Agência Brasil