Copom mantém pela segunda vez consecutiva Selic em 10,5% ao ano

A decisão do Comitê de Política Monetária veio em linha com a expectativa de instituições financeiras; decisão foi unânime

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve nesta quarta-feira (31) a taxa básica de juros do país em 10,5%. Dessa forma, a decisão era amplamente esperada pelo mercado. A manutenção foi unânime entre os membros do Comitê.

O comunicado desta quarta-feira é muito parecido com o apresentada na última reunião, em junho. À exceção se dá pela ênfase ao afirmar que a situação demanda “acompanhamento diligente” e “ainda” mais cautela.

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A Selic estava em 13,75% ao ano em julho do ano passado. Em agosto de 2023, o Banco Central deu início a um ciclo de cortes. Entretanto, os recuos foram interrompidos na última reunião do Copom, em junho, por unanimidade.

Ao permanecer em 10,50% ao ano, a taxa segue no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano, mas depois subiu.

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Inflação e mercado de trabalho seguem como fatores de risco

Em comunicado, o Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional exigem maior cautela na condução da política monetária.

“Os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância”, diz o comunicado.

“Além disso, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”, afirma o Copom, em comunicado.

O mercado de trabalho vem surpreendendo, com forte crescimento tanto no número de empregados como uma recente aceleração do rendimento médio.

No trimestre encerrado em junho, a taxa de desocupação caiu para 6,9%, a menor taxa para um trimestre encerrado em junho, desde 2014 (6,9%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.

“O elevado nível de emprego deve manter o consumo em alta no segundo semestre. Isso a despeito da taxa de juros mais restritiva, com massa salarial acumulando alta real de 9,5% em 12 meses até junho. O cenário deve continuar preocupando o Copom”, diz Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter.

O Copom informou ainda que as projeções de inflação em seu cenário de referência situam-se em 4,2% em 2024 e 3,6% em 2025.

Já as projeções para a inflação de preços administrados são de 5% em 2024 e 4% em 2025.

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