Campos Neto reforça visão de manter ritmo de cortes da Selic

Presidente do BC também considerou que melhoras micro e macro ajudam a explicar porque a economia brasileira tem crescido acima das expectativas

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta sexta-feira (1) a visão de que o órgão considera apropriado manter o ritmo de cortes da Selic em 0,5 ponto percentual a cada reunião.

Com as variáveis disponíveis, entende que há espaço para seguir na forma como foi comunicado, disse Campos Neto durante evento anual da Febraban, em São Paulo.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Desde agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC fez três cortes na taxa básica de juros, de 0,5 ponto cada.

Com isso, a Selic caiu de 13,75% para os atuais 12,25% ao ano.

Últimas em Selic

Nos últimos dois encontros, além de reduzir o juro, o comitê indicou que manteria esse ritmo nas reuniões seguintes.

No entanto, com as sucessivas mostras de desaceleração inflacionária no país, parte do mercado começou a apostar que o BC poderia acelerar o ritmo de flexibilização monetária.

Na semana que vem, o Copom faz sua última reunião em 2023.

Segundo Campos Neto, o BC considera que ainda é necessário manter o juro no país num nível “restritivo”, dada a necessidade de ancorar as expectativas do mercado para a inflação futura.

PIB em outro patamar

Ele ainda ponderou que o BC está estudando os motivos que podem explicar porque a economia brasileira tem crescido acima das expectativas.

Entre esses fatores, segundo ele, estão melhoras macro e microeconômicas implementadas nos últimos anos e que estão começando a ser melhor percebidas.

“Erramos bastante, até erramos um pouco mais em intensidade, mas teve erro global”, disse ele.

Campos Neto referiu-se a temas como a nova relação entre a mão de obra e a inflação, que é melhor agora e está sendo observada em várias partes do mundo.

Assim, mesmo com níveis de emprego mais saudáveis, a inflação não tem sido tão pressionada.

O presidente do BC ainda mencionou a melhora do mercado de crédito e do ambiente de negócios no Brasil. “O crescimento estrutural está um pouco melhor”, disse Campos Neto. “Temos condições de crescer mais com menos inflação”, acrescentou.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Banco Central


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS