Santander revisa preços-alvo para construtoras e mantém preferência por segmento de baixa renda

A Direcional continua sendo a principal escolha do Santander, que reiterou a recomendação de compra para as ações

Resia, negócio da MRV (MRVE3) nos Estados Unidos. Foto: Divulgação
Resia, negócio da MRV (MRVE3) nos Estados Unidos. Foto: Divulgação

Após revisão das perspectivas para 2023, o Santander atualizou os modelos para as empresas do setor de construção civil. O banco manteve a preferência por construtoras de baixa renda, apontando maior preocupação para os nomes expostos à média renda no universo de cobertura da casa.

A Direcional continua sendo a principal escolha do Santander, que reiterou a recomendação de compra para as ações e manteve o preço-alvo de R$ 22. Para Cury, o banco elevou o preço-alvo de R$ 16 para R$ 18 e manteve a recomendação de compra. Os valores representam um aumento potencial de 53,7% e 52% sobre as cotações atuais.

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O banco destaca que o forte crescimento dos lucros e o potencial de expansão do retorno sobre o patrimônio líquido, juntamente com a forte execução, permanecem como os principais motivos da visão positiva para a Direcional.

“Quanto à Cury, não devemos ignorar o potencial de revisões de ganhos positivos de 2023 em diante, caso a acessibilidade melhore ainda mais para as faixas de renda mais baixa”, afirmam os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni.

O banco ainda reduziu o preço-alvo das ações da MRV de R$ 19 para R$ 15 e manteve recomendação de compra para os ativos. O valor representa uma valorização potencial de 101,8% em relação à cotação registrada há pouco.

Os analistas acreditam que é uma das empresas que mais poderia se beneficiar com melhorias adicionais no programa Casa Verde Amarela (CVA). “Além disso, as preocupações do mercado associadas às suas operações nos Estados Unidos e à elevada alavancagem financeira são exageradas, em nossa opinião”, comentam.

A casa também cortou o preço-alvo para os ativos da Tenda de R$ 9 para R$ 5,40 e manteve a recomendação neutra, o que significa uma alta de 26% sobre o preço atual. Os analistas dizem que gostariam de ver seu balanço e margens brutas melhorando ainda mais por mais alguns trimestres antes de ter uma visão otimista sobre o nome.

No segmento de médio e alto padrão, a Cyrela continua sendo a ação preferida, ainda que o banco tenha rendido o preço-alvo de R$ 22 para R$ 21, mantendo a recomendação de compra. O novo preço significa uma valorização potencial de 63% ante a cotação atual.

Os analistas atribuem a avaliação à consistente execução da Cyrela, com alta exposição a projetos de bom desempenho, balanço robusto, dividendos atrativos, ampliação do segmento e diversificação regional, além do forte impulso de ganhos associado ao reconhecimento de receita de projetos lançados durante a pandemia.

Para a Even, o Santander rebaixou a recomendação dos ativos de compra para neutra e cortou o preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 5,40, alta de 20,8% sobre o preço de hoje. A revisão é atribuída ao maior nível de estoques, maior exposição a projetos fracos e potencial desaceleração de lançamentos.

O Santander também reduziu o preço-alvo da Moura Dubeux de R$ 9,50 para R$ 9, da Eztec de R$ 25,50 para R$ 21,50 e da JHSF de R$ 10 para R$ 8, mantendo recomendação de compra para os três ativos. Os novos preços significam um upside de 63%, 65% e 64% sobre o valor atual, respectivamente. Para as ações da Tecnisa, o banco cortou o preço-alvo de R$ 3,80 para R$ 3,30, mantendo a recomendação neutra — queda de 14% sobre o preço atual.

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