Relatório do Itaú BBA olhando para renda fixa afirma: ‘É hora de ouvir os banqueiros centrais’

Entenda o que pode vir pela frente nas reuniões do Copom e do Federal Reserve

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Relatório divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Itaú BBA indica que chegou a hora do mercado ouvir os banqueiros centrais.

Assim, o documento assinado por Lucas Queiroz indica que as decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos fizeram com que os investidores adotassem “uma postura ainda mais cética em relação ao ciclo de juros americano, aumentando a probabilidade de manutenção da taxa básica por um período maior”.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Dessa forma, esse pano de fundo externo acarretou em elevação nas taxas futuras no Brasil e fez o dólar voltar a “testar o patamar dos R$ 5,00”.

Assim, olhando em perspectiva a semana, o relatório do Itaú BBA lembra que na renda fixa local, até a última quarta-feira, a semana “parecia se encaminhar para um ligeiro fechamento nas taxas futuras, tanto na curva de prefixados quando na de juros reais”.

Últimas em Mercado financeiro

Cenário mudou nos dias seguintes

“Assim, no acumulado da semana, a curva de prefixados apresentou ganho de inclinação, com o vértice de 1 ano apresentando elevação média de 0,08 p.p., enquanto as taxas nos trechos mais longos variaram de +0,13 p.p. até 0,16% p.p. no período”.

Lucas Queiroz ainda comenta que a curva de taxas reais (IPCA+) também seguiu o movimento e abriu ao redor de +0,10% p.p.

Dessa maneira, no vértice de cinco anos, ela se estabilizou na variação de +0,07% p.p. nos trechos mais longos.

IPCA e CPI no foco

Ainda no relatório, o Itaú BBA disse que o IPCA de fevereiro “veio ligeiramente acima das expectativas do mercado (+0,83% vs. +0,78%), mas diferente da leitura de janeiro, trouxe surpresa baixista em seus núcleos”.

Assim, o dado na opinião de Lucas Queiroz não “deverá ser suficiente para projetarmos uma aceleração do ritmo de cortes à frente, mas o bastante para que o Copom continue indicando redução da mesma magnitude nas próximas reuniões, o que implica em uma Selic de ao menos 9,75% a.a., após as reuniões de maio e junho”.

Por fim, o relatório conta que o risco altista fica por conta do cenário norte-americano.

Assim, ao citar a inflação medida pelo CPI, que atingiu 0,36% em fevereiro na comparação ano a ano, acumulando assim 3,2% em 12 meses, o relatório conclui:

“Os investidores têm entendido este recado e promoveram ajustes nas expectativas para a trajetória de juros ao longo das últimas semanas. Para a reunião do FOMC nesta quarta-feira, o mercado estará de olho nas projeções dos diretores do Federal Reserve. Alguma mudança no sentido de reduzir os três cortes anteriormente precificados para este ano podem levar o mercado a um novo ponto de ajuste”.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Copom


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS