95 anos da quebra da bolsa de Nova York: uma análise comportamental

Minha avó costumava contar histórias das dificuldades que o mundo tinha enfrentado durante a Grande Depressão dos anos de 1930. Aquele era um período muito difícil que se iniciou com a quebra da bolsa de Nova York em 24 de outubro de 1929, uma quinta-feira. Agora, ao refletirmos sobre os 95 anos daquele evento, percebemos […]

New York Stock Exchange (Nyse), a  bolsa de valores de Nova York como a conhecemos hoje: consequênicas da quebra de 1929 - Foto: PxHere
New York Stock Exchange (Nyse), a bolsa de valores de Nova York como a conhecemos hoje: consequênicas da quebra de 1929 - Foto: PxHere

Minha avó costumava contar histórias das dificuldades que o mundo tinha enfrentado durante a Grande Depressão dos anos de 1930. Aquele era um período muito difícil que se iniciou com a quebra da bolsa de Nova York em 24 de outubro de 1929, uma quinta-feira. Agora, ao refletirmos sobre os 95 anos daquele evento, percebemos o quanto evoluímos e, paradoxalmente, o quanto permanecemos os mesmos em certos aspectos.

Quebra da bolsa de Nova York: o que aconteceu?

As causas da quebra da bolsa de Nova York, então, foram múltiplas e complexas. E incluem a especulação desenfreada, a expansão do crédito e a falta de regulamentação financeira adequada.

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Esses fatores, portanto, criaram uma bolha econômica que, quando estourou, levou a uma crise de confiança que se espalhou como um incêndio. Consumiu a riqueza de milhões de pessoas.

Os ganhadores e perdedores emergiram claramente deste caos: enquanto alguns poucos se beneficiaram e acumularam fortunas, a maioria sofreu perdas devastadoras que repercutiram por gerações.

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As consequências foram profundas e duradouras, desencadeando uma depressão econômica mundial que levou a altas taxas de desemprego, falências e uma pobreza generalizada.

Governos ao redor do mundo foram forçados a intervir, reformulando políticas econômicas e criando novas instituições para prevenir futuras crises.

No entanto, apesar dessas medidas, a história nos mostrou que o mercado financeiro ainda é vulnerável a ciclos de euforia e depressão.

Comportamentos que se repetem

Os vieses comportamentais dos investidores, desempenharam um papel significativo na crise de 1929 e continuam a afetar as decisões financeiras até hoje.

A psicologia do investidor, então, muitas vezes supera a lógica econômica, levando a decisões irracionais que podem ter consequências desastrosas.

A lição mais valiosa que podemos aprender com a quebra da bolsa de Nova York é a importância da prudência, da diversificação de investimentos e da vigilância regulatória. Tudo isso pode mitigar os riscos de tais eventos catastróficos no futuro.

Otimismo contra a quebra da bolsa de Nova York

Entre os vieses comportamentais mais impactantes estava o da confirmação. Nele, os investidores buscavam informações que confirmassem suas crenças prévias, ignorando sinais de alerta de uma iminente crise econômica.

Logo, o otimismo exacerbado também foi um fator, com muitos acreditando que o mercado continuaria a subir indefinidamente, levando a decisões de investimento excessivamente arriscadas.

O efeito manada foi evidente, com investidores seguindo as ações da maioria sem uma análise crítica própria, apenas baseando-se no comportamento coletivo.

A ilusão do controle durante a quebra da bolsa de Nova York

O viés de ancoragem, portanto, também afetou as decisões. Investidores fixaram preços de ações e não ajustaram as expectativas quando novas informações surgiam.

A ilusão de controle levou muitos a acreditar que podiam prever ou controlar os eventos do mercado de ações. Essa é uma crença quase impossível de ser concretizada devido à natureza volátil do mercado financeiro.

Assim, o excesso de confiança foi outro viés notável, com investidores superestimando seu conhecimento e habilidade de prever as flutuações do mercado. E muitas vezes ignoraram conselhos de especialistas ou evidências contrárias.

Erros que aprendemos com a quebra da bolsa de Nova York

Ao olharmos para trás, para aquela terrível quinta-feira de 1929, é essencial reconhecer os erros do passado. E assegurar que as lições aprendidas não sejam esquecidas.

A memória coletiva desses eventos deve servir como um farol. Ele guia nossas ações e políticas econômicas para criar um futuro mais estável e próspero para todos.

Mais equilíbrio para investir

Reconhecer e entender esses vieses é fundamental para tomar decisões de investimento mais racionais.

A educação financeira e a consulta a profissionais de investimento, então, podem ajudar a mitigar esses vieses, promovendo uma abordagem mais equilibrada e estratégica para investir.

E, para encerrar com um toque de otimismo, lembremos que, apesar dos tropeços e quedas, a humanidade tem uma incrível capacidade de se levantar, sacudir a poeira e seguir em frente.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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