Por que a Apple é exceção nas demissões em massa de big techs?

Maior receita por funcionário explica ausência de demissões na Apple enquanto pares cortam milhares

Loja da Apple em Pequim, na China. Foto: Thomas Peter/File Photo/Reuters
Loja da Apple em Pequim, na China. Foto: Thomas Peter/File Photo/Reuters

A cada novo anúncio de demissões em massa no setor de tecnologia, a Apple se desponta cada vez mais como um ponto fora da curva. Enquanto empresas como Meta planejam demissões de milhares de funcionários, a fabricante do iPhone ainda não fez isso.

A companhia vem consistentemente sendo uma das empresas de tecnologia mais eficientes dos Estados Unidos quando analisada pela métrica de receita gerada por funcionário.

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No último ano fiscal, a Apple teve receita de US$ 2,4 milhões por funcionário e uma média de US$ 2,1 milhões por funcionário na média dos últimos cinco anos, segundo a agência “FactSet”.

Os números são muito acima da Meta, que gerou US$ 1,35 milhão em receita por funcionário no último ano. Também supera o desempenho de Amazon, Microsoft e Alphabet.

A posição mais conservadora da Apple em relação a contratações significa que não precisa realizar cortes profundos neste ano mesmo com expectativa de redução nas receitas.

“A Apple não saiu contratando durante a pandemia e ao contrário de seus pares não precisa realizar demissões neste momento”, diz o banco de investimentos Evercore. Sua inserção no mercado de luxo e alta renda ajuda na manutenção dos números.

Com os cortes anunciados ontem, a receita por funcionário da Meta vai subir para US$ 1,85 milhão neste ano. A da Apple deve ficar estável em US$ 2,4 milhão por funcionário.

A ausência de demissões não significa que a companhia não está tentando controlar custos. A Apple está reduzindo contratações, atrasando pagamento de bônus e cortando orçamento de viagens, segundo fontes ouvidas pela agência “Bloomberg”.

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