Volatilidade pré-eleição está menor do que em anos anteriores, mas setor elétrico mantém variações diz XP

Em 2014 e 2018, a volatilidade só aumentou no final do primeiro turno

Foto: Austin Distel/Unsplash
Foto: Austin Distel/Unsplash

O setor de energia costuma ser o mais volátil antes das eleições presidenciais do Brasil por conta da presença da Petrobras e sua sensibilidade ao risco político, diz a XP.

No entanto, a gestora diz que neste ano, o Ibovespa tem apresentado uma dispersão no acumulado do ano relativamente baixa, se comparado com os outros pleitos que aconteceram desde 2002.

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Os analistas liderados por Júlia Aquino escrevem que o padrão possivelmente pode ser quebrado no ocorrência de um segundo turno, apontando que, em 2014 e 2018, a volatilidade só aumentou logo após a primeira parte das eleições, subindo de forma consistente até a decisão da votação.

Um ponto que eles chamam atenção é que no acumulado do ano, o Ibovespa também teve desempenho inferior à média histórica olhando para períodos mais longos, seis e 12 meses antes das eleições, mas está apresentando retornos mais fortes no período de três meses antes do primeiro turno.

O setor de energia, que representa 14,1% do Ibovespa, é o único a apresentar o mesmo comportamento em todos os anos eleitorais do levantamento, com a volatilidade aumentando à medida que as eleições se aproximam.

A presença da Petrobras (PETR3 e PETR4) e sua importância no cenário político explica esse movimento. Em termos de retornos, o desempenho está melhor que a média, com os altos preços do petróleo.

Do lado contrário, elétricas e saneamento é o que apresenta menos volatilidade, com ações de baixo risco, e em 2022 o setor anda de lado desde o início do ano, apresentando retornos maiores que à média de 2002 e 2018 nos últimos seis meses, sustentada pela privatização da Eletrobras.

Em materiais básicos, o setor não manteve um padrão claro de volatilidade durante os períodos eleitorais no passado.

Neste ano ele está mais volátil do que anos anteriores, mas a XP aponta que isso não é necessariamente devido às próximas eleições. “É importante destacar que o setor é bastante exposto ao cenário macro global, que impacta diretamente no preço das commodities.”

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