O que Trabuco (Bradesco), Luiza Trajano (Magalu) e Ometto (Cosan) disseram no ‘Conselhão de Lula’

Órgão consultivo para diálogo entre governo Lula e sociedade civil reúne empresários, ativistas e representantes de minorias

O presidente Lula em discurso. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência
O presidente Lula em discurso. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou nesta quinta-feira que o “novo arcabouço fiscal sinaliza equilíbrio e estabilidade da dívida interna”. Ele disse que “não podemos ficar presos a preconceitos na política fiscal e monetária” e defendeu que ambos os temas sejam tratados como uma “visão flexível”.

“Pedimos paciência a críticos e observadores”, disse em discurso na sessão inaugural do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, no Palácio do Itamaraty.

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Segundo Trabuco, “não podemos ser reféns de dogmas”, destacando a maneira como o país enfrentou a crise internacional de 2008, a pandemia da covid-19 e a Guerra na Ucrânia. Ele ainda criticou a espera “pelas condições macroeconômicas ótimas”.

A empresária e fundadora da Magazine Luiza, Luiza Trajano, defendeu que o governo federal apresente o mais cedo possível soluções concretas para o país. “Não tem direita e nem esquerda. Chega de diagnóstico. Queremos um Brasil para já”, disse.

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O Conselhão tem ao todo mais de 240 integrantes, entre empresários, intelectuais e representantes da sociedade civil, e serve como uma espécie de órgão consultivo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O modelo repete o que foi adotado pelo próprio Lula em seus dois primeiros mandatos.

Em seu discurso, Trajano destacou especialmente a importância do combate à desigualdade social, classificada por ela como “um câncer”.

Já Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, afirmou que é importante que o país se posicione “como uma potência verde”.

“Precisamos estar atentos à competição global [por recursos para investimentos sustentáveis]” disse. Mas também afirmou que é necessária maior estabilidade jurídica e regulatória, inclusive sobre medidas já implantadas no passado. Ao defender a queda dos juros, foi aplaudido por parte dos presentes.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, do Grupo Prerrogativas, também defendeu o combate à desigualdade, além da defesa da democracia.

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