Térmicas incluídas na lei de privatização da Eletrobras terão custo de R$ 52 bi, com impacto na conta de luz
Valor considera só operação das usinas, impostas pelo Congresso como condição para venda da estatal
As novas usinas termelétricas impostas pelo Congresso Nacional, em uma manobra de parlamentares, como condição para permitir a privatização da Eletrobras vão gerar custo adicional de R$ 52 bilhões ao país. O valor considera apenas a operação delas até 2036. E o gasto extra pode ocorrer mesmo que a empresa não seja vendida neste ano, de acordo com analistas.
O dado faz parte de um documento elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, que foi publicado sem alarde no último dia 6 de abril, e que pela primeira vez mensura o impacto do uso dessas termelétricas, que acabará chegando ao bolso do consumidor, considerado sem lógica econômica por muitos especialistas.
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A privatização da Eletrobras está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU), última etapa do processo.
A previsão de contratação de 8 mil megawatts (MW) de novas usinas a gás, que serão construídas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, foi incluída como um “jabuti” na medida provisória, depois convertida em lei, que trata da oferta de ações ao mercado da Eletrobras, maneira pela qual a estatal será privatizada.
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Na ocasião, congressistas incluíram a exigência das térmicas no principal artigo da MP, que ficou redigido assim como um único parágrafo de várias páginas, para evitar que o governo vetasse este trecho — se optasse pelo veto, a própria privatização da Eletrobras seria inviabilizada. As usinas têm entrada em operação prevista entre 2026 e 2030.