Resolução do Senado dos EUA condiciona relações com o Brasil a respeito ao resultado das urnas

O texto proposto pelos senadores Tim Kaine e Bernie Sanders teve endosso de parlamentares dos partidos Democrata e Republicano

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Senado dos Estados Unidos aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (28), uma resolução que condiciona o prosseguimento das relações daquele país com o Brasil ao respeito, por parte do governo brasileiro, ao resultado das urnas e à democracia. No próximo domingo (2), ocorre o primeiro turno das eleições gerais, em que serão eleitos presidente, governadores e parlamentares.

O texto aprovado em Washington foi proposto pelos senadores americanos Tim Kaine, presidente do Subcomitê de Relações Exteriores para o Hemisfério Ocidental, e Bernie Sanders e teve endosso até mesmo de parlamentares do Partido Republicano.

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“É importante que o povo brasileiro saiba que os Estados Unidos estão do lado deles e da democracia”, escreveu Sanders no Twitter após a aprovação da resolução.

O documento recomenda a ruptura das relações entre Estados Unidos e Brasil caso haja ataque ao sistema eleitoral brasileiro, com a suspensão de programas de cooperação, inclusive na área militar. “Urge o governo do Brasil a assegurar que as eleições de outubro de 2022 sejam conduzidas de maneira livre, justa, crível, transparente e pacífica”, afirma a resolução.

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Os senadores citam no texto dados sobre a explosão de casos de violência política no Brasil e sobre os ataques desferidos por personalidades políticas ao sistema eleitoral. O documento pede que o governo dos Estados Unidos “reconheça imediatamente” o resultado da eleição no Brasil, assim que ele for proferido.

Em julho, representantes de entidades da sociedade civil brasileira estiveram com Sanders em Washington e levaram documentos e relatos sobre ameaças em curso à democracia e ao processo eleitoral no Brasil.

Por Carolina Freitas

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