Presidente dos EUA lança pacote para restringir gigantes do setor de carnes e conter alta de preços

Medidas devem afetar frigoríficos brasileiros; JBS e Marfrig têm 75% de suas receitas oriundas no mercado americano

Foto: divulgação
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai anunciar nesta segunda-feira (3) um conjunto de medidas para reduzir a concentração no mercado de carne do país e restringir práticas que a Casa Branca considera anticompetitivas dos grandes conglomerados do setor. O pacote inclui regras mais rígidas de rotulagem “Made in America”, que podem alimentar tensões com os parceiros comerciais dos EUA.

O objetivo é tentar reduzir a alta nos preços do produto. Nos últimos 12 meses, o preço da carne subiu 16% nos EUA e é hoje a maior pressão na inflação de alimentos no país.

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O pacote deve afetar frigoríficos brasileiros. As vendas de carnes nos EUA respondem por 75% da receita de JBS e Marfrig.

Como justificativa para a ação, o governo Biden apontou a concentração de mercado na indústria de carne dos Estados Unidos como uma das principais fontes de vulnerabilidade na cadeia de abastecimento de alimentos do país e uma das causas da alta inflação.

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A Casa Branca disse esta manhã que apenas quatro empresas controlam 85% do mercado de carne bovina, 70% do mercado de carne suína e 54% do mercado de aves. “Quando poucas empresas controlam uma porção tão grande do mercado, nossas cadeias de abastecimento de alimentos são suscetíveis a choques”, diz o relatório da Casa Branca.

Segundo o governo americano, o aumento dos preços de carnes e aves são a maior contribuição individual para a alta no custo dos alimentos nos domicílios americanos. A indústria de carne atribui a alta dos preços a problemas nas cadeias globais de suprimento, ao aumento nos custos de combustíveis e a uma escassez de mão de obra no setor.

As ações incluem subsídios e maior oferta de crédito para pequenos produtores, além de exigências para que os processadores de carne exibam de forma mais clara a rotulagem dos produtos “Made in America”.  O apoio a produtores independentes pode chegar a US$ 1 bilhão em fundos governamentais.

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