‘Não se deve politizar’ a reforma tributária, diz Arthur Lira

Presidente da Câmara dos Deputados diz que não há possibilidade de adiar votação para agosto

Arthur Lira comanda os trabalhos parlamentares no plenário da Câmara. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Arthur Lira comanda os trabalhos parlamentares no plenário da Câmara. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em coletiva de imprensa que todos os “acertos” no texto substitutivo da reforma tributária (PEC 45/2019) realizados na noite de quarta-feira (5) serão mantidos para a votação de hoje. “Não existe possibilidade” de adiar a votação da proposta para agosto, disse o presidente da Casa.

Lira afirmou que houve um fortalecimento das bases de parlamentares para a votação da reforma tributária. O líder da Câmara assegurou que, caso a medida seja aprovada em primeiro turno na Câmara na noite desta quinta-feira (6), ela “pode ser aprovada em segundo [turno] e ter caminho natural ao Senado”.

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Conselho federativo

Arthur Lira não descartou mudanças no texto da reforma tributária no Senado. O deputado do PP ponderou que “quaisquer mudanças na proposta feitas pelo Senado serão revisadas pela Câmara dos Deputados”, e disse que o texto não é final.

“A coisa mais correta neste momento é não politizar um tema tão importante quanto este. Não criar arestas que dificultem a votação de um tema tão complexo”, disse Lira.

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O chamado Conselho Federativo, ente da União que será responsável por fiscalizar e administrar recursos captados pelo IBS, que substituirá os impostos estaduais sobre consumo, o ICMS e o ISS, não é “um órgão de governo”.

“Os recursos recolhidos pelo IVA não entram na conta da União (pelo Conselho Federativo), eles serão administrados para os entes federativos. Será um órgão burocrático e transparente”, comentou Lira. O órgão terá gestão de prefeitos e governadores, uma medida que deve ajudar a diminuir o pleito estadual contra a reforma.

Ele afirmou que os parágrafos que regulam o conselho no substitutivo da reforma tributária devem “chegar por último” entre as alterações do texto.

Por fim, Lira negou que a votação da reforma seja prorrogada para agosto. “Vamos levar a plenário e esperar o resultado democrático dos parlamentares. Se houver quórum (para a aprovação), parabéns para todos. Se não, é mais uma oportunidade que o Brasil perde.”

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