Petrobras (PETR3; PETR4) diz que não recebeu proposta para mexer na política de preços

Ministro de Minas e Energia sinalizou mudanças com adoção de diretrizes baseadas no mercado interno

Foto: Diego Vara/Reuters
Foto: Diego Vara/Reuters

A Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou nesta quarta-feira (5) que não recebeu qualquer proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) a respeito da alteração da política de preços da companhia e reafirmou o compromisso com a prática de preços atual.

A empresa diz que mantém os preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

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“Quaisquer propostas de alteração da política de preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”, diz a Petrobras no comunicado.

A companhia também reiterou, no comunicado, que ajustes de preços de produtos são feitos no curso normal de seus negócios, com base no contínuo monitoramento dos mercados.

Segundo a empresa, isso implica, entre outros procedimentos, a análise diária do comportamento dos preços em relação às cotações internacionais e o seu market share (participação de mercado), dentre outras variáveis.

Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em entrevista à Globo News que haverá mudança na política de preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, com adoção de diretrizes baseadas no mercado interno.

“O tal PPI (preço por paridade de importação) é um verdadeiro absurdo”, afirmou Silveira. “Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, indicou.

O ministro espera que as mudanças comecem a ser aplicadas após a assembleia geral da estatal, no fim deste mês.

As ações da companhia chegaram a cair mais de 3% após as falas de Silveira, mas se recuperaram durante a tarde. Por volta das 16h30, o papel PN da estatal subia 0,70%, a R$ 24,44; enquanto o ON avançava 0,55%, para R$ 27,51.

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