Paulo Câmara: Governo Lula teria dificuldades de derrubar política do ICMS imposta por Bolsonaro

Governador de Pernambuco participou de live do Jota no começo desta noite (1)

Paulo Câmara, governador de Pernambuco (Imagem: Divulgação)
Paulo Câmara, governador de Pernambuco (Imagem: Divulgação)

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afirmou, em live no site Jota no começo desta noite (1), que um eventual governo Lula teria dificuldades de desfazer a política do presidente Jair Bolsonaro, de redução do ICMS no preço dos combustíveis.

Em junho, Bolsonaro sancionou PL que previu limite de 17 a 18% de cobrança de ICMS sobre produtos e serviços essenciais, como a comercialização de combustíveis. Além disso, o presidente vetou dispositivos que previam compensação financeira para os estados, o que pode causar perda de arrecadação, especialmente para 2023.

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“Fica difícil voltar aos patamares anteriores”, diz Câmara sobre o orçamento dos estados. “Talvez isso apresse a reforma tributária, o que é fundamental de discutir nos primeiros meses do próximo ano”, completa o governador.

Câmara avalia que a política do atual governo junto aos estados causará “prejuízos enormes de arrecadação” e que “alguns estados não vão ter condições financeiras de fechar (suas contas) se não houver rediscussão” do pacto federativo.

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“É importante ter a expectativa que a Federação volte a funcionar”, diz Câmara. “Sabemos que o presidente Lula disse e reiterou que vai chamar os governadores e vai chamar reunião com os 27 governadores para traçar plano de recuperação dos estados”, completou o governador.

O governador de Pernambuco diz que o discurso de Lula para tentar contornar a crise entre governo federal e estados com uma reunião nos primeiros atos do governo precisa ter como ponto de partida a proposta de simplificação tributária já aprovada pelos estados.

“Já tem uma reforma em aprovação que foi levada ao Congresso e que foi muito difícil trazer consenso entre os estados e deve ser o ponto de partida em torno da reforma”, avalia. Para ele, a simplificação dos tributos e políticas de desenvolvimento podem “minimizar a perda de receita”.

Cotado para ministério

Câmara não confirmou que esteja articulando a presença em algum ministério de um futuro governo Lula, mas disse que o PSB se colocará “à disposição” para o que ele chamou de “reconstrução de políticas paralisadas” durante o governo Bolsonaro, com atuação que deve ir além da presença de Alckmin na vice-presidência.  

Disputa em PE

O candidato de Câmara para sua sucessão em Pernambuco, está, segundo a pesquisa IPEC liberada no começo desta noite, na quarta posição. Danilo Cabral (PSB), tem 12% e está empatado com o candidato bolsonarista Anderson Ferreira (PL), que tem os mesmos 12%.

A liderança no estado é de Marília Arraes (Solidariedade), com 38%, seguida por Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (União Brasil) 17%. Os demais candidatos possuem 1% ou menos.

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