Pacheco diz que ‘juro no Brasil está muito alto’ e que vai dar celeridade ao arcabouço

Lula e integrantes do governo vêm criticando o Banco Central e Roberto Campos Neto

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado: 'Daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal'. Foto: Pedro França/Agência Senado
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado: 'Daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal'. Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na terça-feira que “a taxa de juros no Brasil está muito alta”. A afirmação veio por meio de nota após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Na conversa, ele prometeu dar celeridade à votação do arcabouço fiscal, que será apresentado nos próximos dias pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Ressaltei ao presidente Lula que daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal”, afirmou Pacheco. “Dentro disso, houve o reconhecimento mútuo de que a taxa de juros no Brasil está muito alta e afirmei ao presidente a importância de encontrarmos caminhos sustentáveis para a redução da taxa o mais rápido possível.”

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Lula e integrantes do governo vêm criticando o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, pela alta taxa dos juros básicos estipulada pela instituição. Nesta semana, o BC decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, ante uma inflação anual de pouco mais de 5%. A fala de Pacheco aumenta as pressões sobre Campos Neto.

Outro tema tratado entre Lula e Pacheco foi o impasse com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em torno da tramitação de medidas provisórias. Pacheco determinou o retorno do rito pré-pandemia, quando as MPs eram analisadas por comissões mistas antes de ir a plenário, como determina a Constituição. Já Lira vinha defendendo a continuidade do rito adotado em caráter emergencial por causa da covid, na qual as medidas iam direto a plenário e que dava celeridade à análise das medidas. Lira recuou ontem, mas sugeriu uma série de mudanças, dentre as quais a alteração na composição das comissões. Segundo fontes, Pacheco reiterou na conversa com Lula que ouvirá os líderes partidários do Senado amanhã, mas a sensação é que dificilmente eles acatarão as propostas de Lira.

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“Na conversa, tratamos da tramitação das medidas provisórias e disse ao presidente que estamos trabalhando no encaminhamento da busca de um consenso”, disse Pacheco. “Outro ponto da conversa foi em relação à regulação das redes sociais e de plataformas da internet, tema que será discutido pelo Congresso e que precisará do apoio do governo.”

A conversa entre Lula e Pacheco, segundo interlocutores, não foi emergencial. Ela era para ter acontecido no voo para a China, uma viagem que Lula teve que adiar após ser diagnosticado com pneumonia.

Segundo Pacheco, Lula renovou o convite para que ele integre a comitiva que irá à China em data ainda não remarcada.

Participaram também do encontro no Alvorada os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA).

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