OMS declara mpox como emergência sanitária global
Segundo a OMS, o vírus já está presente em 13 países; Ministério da Saúde criou site com orientações para o público
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (14) a mpox como uma emergência de saúde internacional, por causa da disseminação da doença, especialmente na África.
A doença, detectada inicialmente na República Democrática do Congo em 2023, agora se espalhou pela África.
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Segundo a OMS, o vírus agora está presente em 13 países.
Além disso, o número de casos até agora neste ano já ultrapassou o total de 2023, com mais de 14.000, além de 524 mortes.
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“Está claro que uma resposta internacional coordenada é essencial para interromper esses surtos e salvar vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Uma emergência de saúde pública de interesse internacional é o mais alto nível de alarme sob a lei internacional de saúde.
Na semana anterior, a OMS já tinha pedido a laboratórios que apresentassem dados para produção de vacinas para as regiões atingidas.
O que é mpox?
A mpox é uma doença causada pelo vírus monkeypox e tem sintomas semelhantes aos da varíola, embora menos grave.
O período de incubação entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sintomas vai de 3 a 21 dias.
A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados, que podem incluir dores no corpo, calafrio, fraqueza, febre e erupções na pele.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento não há medicamento aprovado especificamente para tratamento da doença.
De todo modo, o próprio ministério inclusive criou um site para dar orientações sobre a doença, com atualizações sobre o caso.
Histórico
Embora a varíola tenha sido erradicada em 1980, a mpox continua a ocorrer em países da África central e ocidental.
No entanto, desde maio de 2022, surgiram casos em países sem transmissão de mpox fora da região africana.
A doença, cujo nome anterior era varíola dos macacos, é transmitida de animais para humanos.
Os primeiros casos ocorreram perto de florestas tropicais onde há animais portadores do vírus, como esquilos, ratos-da-Gâmbia, macacos e outros.
Entre humanos, a transmissão acontece via contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em superfícies mucosas internas, como na boca ou garganta, gotículas respiratórias e objetos contaminados.
Segundo último boletim do Ministério da Saúde, até 30 de janeiro de 2024 havia 57.333 notificações para mpox, 5,6% a mais do que em junho de 2023.
