Ministro do Trabalho fala em ‘endividamento em larga escala’ e diz que juros ‘sacrificam’ baixa renda

Luiz Marinho, do Trabalho, alerta para 'política monetária ainda restritiva' e 2023, e quer reaquecer o mercado de trabalho por meio de obras paradas

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (9) que o Brasil passa por “um endividamento em larga escala da população” e que os “juros altos sacrificam demasiadamente a baixa renda”.

As afirmações foram feitas na entrevista coletiva para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a janeiro, divulgados mais cedo pela pasta. Além de comentar sobre dados do cadastro federal, o ministro disse que houve um impacto negativo nas vagas criadas no mercado de trabalho provocado pela crise da Americanas.

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Caso Americanas impactou na criação de vagas, diz ministro

Para lidar com o endividamento da população, Marinho lembrou que o governo federal pretende implantar o Desenrola, programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas. O programa pretende estimular a renegociação de 37 milhões de dívidas por meio de um fundo garantidor para bancos públicos e privados.

Ao comentar a criação de vagas formais de postos de trabalho no mês passado, o ministro também afirmou que as “Lojas Americanas acabam provocando [impacto no mercado]”.

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Ele também destacou que as perspectivas para 2023 são de “uma política monetária ainda restritiva”.

No primeiro mês do ano, o Caged registrou a abertura líquida de 83.297 vagas de postos formais no Brasil, o menor resultado para o mês desde que o sistema do cadastro passou por mudanças, em 2020, sob ordem do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ministro cita ’14 mil obras’ para retomada do mercado

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou hoje que “as políticas que estamos desenvolvendo seguramente vão apontar para a retomada do mercado de trabalho” neste ano.

“Há 14 mil obras paradas”, disse em entrevista coletiva para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a janeiro, divulgados mais cedo pela pasta.

Ele também citou o Novo Bolsa Família, o Desenrola, a reforma tributária e o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 como medidas que podem estimular o mercado de trabalho.

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