Lula diz que ‘vai vencer’ mercado financeiro e defende corte de ‘excessos’ no Judiciário e Congresso

Governo está sendo pressionado a bater o martelo sobre um pacote de corte de gastos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, neste domingo, que não se deve acreditar no mercado financeiro. Porque, segundo ele, o setor fala “bobagem todo dia”.

Neste sentido, Lula defendeu também que “não tem problema” se o governo tiver que fazer uma dívida para “construir um ativo novo”.

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A afirmação do presidente foi feita num momento em que o Palácio do Planalto está sendo pressionado a bater o martelo sobre um pacote de revisão de gastos elaborado pela equipe econômica.

Lula e o mercado financeiro

“Não entrei [na Presidência] pra fazer a economia decrescer. Somente o crescimento econômico com a distribuição correta faz o país crescer. O crescimento tem que ser distribuído, não é ficar concentrado na mão de meia dúzia. As coisas vão dar certo. Eu vejo o mercado falar bobagem todo dia, não acredite nisso, eu já venci eles [o mercado financeiro] e vou vencer outra vez”, disse Lula durante entrevista para a “RedeTV” exibida neste domingo.

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Em seguida, Lula sugeriu que Congresso e Judiciário também têm responsabilidade e devem ajudar o governo federal a “colocar as coisas em ordem” se fizerem cortes naquilo que é “excessivo” em suas respectivas áreas.

Como exemplo, Lula voltou a citar o montante de recursos disponível para senadores e deputados por meio das chamadas emendas parlamentares.

“[A situação fiscal] é uma responsabilidade do Poder Executivo, é uma responsabilidade do Poder Judiciário. E quero saber se eles são dispostos a fazer corte de gastos naquilo que é excessivo. Eu quero saber também se o Congresso está disposto a fazer um corte nos gastos [deles] porque daí fica uma parceria e uma cumplicidade para o bem, para que todo mundo faça o sacrifício necessário para a gente colocar as coisas em orem

Sobre isso, Lula deu a entender ainda que a situação fiscal atual está relacionada à gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Se as pessoas tivessem essa vontade [de fazer corte de gastos] no governo anterior, a gente não tinha a situação que a gente herdou. As pessoas se esqueceram que foram gastos quase R$ 300 bi para que eles se mantivessem no Poder”, emendou.

Com informações do Valor Econômico

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