Em discurso da vitória, Lula fala em ‘ressurreição’ e coloca combate à fome e retomada do diálogo como prioridades
Lula disse que enfrentou “a máquina do estado brasileiro” e que vitória foi resultado de “um imenso movimento democrático que se formou a cima dos partidos políticos”
Durante discurso da vitória, o vencedor das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou como principal objetivo do seu governo “combater novamente a fome” e a necessidade de “baixar as armas”.
Ele chamou ainda de “ressurreição” sua volta ao cenário eleitoral brasileiro.
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“Eu me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira porque tentaram ne enterrar vivo e estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil, disse Lula durante longo discurso na noite deste domingo, dia 30.
Lula disse que enfrentou “a máquina do estado brasileiro”. Para ele a vitória é fruto de “um imenso movimento democrático que se formou a cima dos partidos políticos, interesses pessoa, ideologias para que a democracia saísse vencedora”, disse.
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Ele reforçou ainda a intenção de esfriar os ânimos, acirrados por uma disputa polarizada que elegeu Lula com diferença mínima. “Este país precisa de paz e união, este povo não quer mais brigar”, disse. “É hora de baixas as armas, que nunca deveriam ter sido empunhadas, armas matam, e escolhemos a vida”, disse.
Lula afirmou que pretende “retomar o diálogo com o Legislativo e Judiciário, sem tentativa exorbitar, intervir, controlar, cooptar, mas buscando reconstruir a conivência harmoniosa e republicana entre os três poderes”.
Retomada do discurso de 2002
Lula trouxe uma parte do seu discurso de quando venceu a eleição anteriormente, de combate à fome como principal compromisso do seu governo. “Nosso compromisso mais urgente é acabar com a fome mais uma vez. Temos o dever de garantir que todo brasileiro tenha direito de tomar café de manhã, almoçar e jantar todos os dias. Esse será novamente o compromisso número um do meu governo”.
Economia
Lula disse que o econômico será “repartido entre toda a população, porque é assim que a economia deve funcionar, como um instrumento para melhorar a vida de todos, e não para perpetuar desigualdades”, afirmou.
“A roda da economia vai voltar a girar com geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das familiais que perderam seu poder de compra. A roda da economia vai voltar a girar com os pobres fazendo parte dos orçamentos”, disse.