Lira e Pacheco têm encontro para superar MPs travadas no Congresso

Medidas Provisórias do governo Lula, incluindo a que determina organização dos ministérios, estão travadas no Congresso e correm risco

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Foto: Eduardo Andrade/Ascom/ME
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Foto: Eduardo Andrade/Ascom/ME

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deverão ter um novo encontro hoje para tentar superar o impasse em torno da tramitação das Medidas Provisórias (MP) encaminhadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional.

Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse a iniciativa partiu de Lira. “O presidente Pacheco nos informou que o presidente Lira mandou uma mensagem. Após a reunião de líderes da Câmara, ele [Lira] conversará com o presidente Pacheco”, relatou, após encontro na residência oficial do Senado. Além de Randolfe, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) esteve presente.

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Lira ainda vai conversar com os líderes da Câmara. “Dessa reunião devem sair três, quatro propostas de resolução do impasse. Ele trará essas propostas para o presidente Pacheco”, contou Randolfe.

Para o líder do governo no Congresso, apesar da tensão entre os presidentes das duas Casas, há um avanço nas conversas em busca de um acordo. “Água mole em pedra dura… tem uma hora que vai furar. Estamos buscando esse acordo desde 1º de fevereiro. Tenho esperança que a gente consiga”, disse. “Eu diria que o acordo está se concretizando. Temos, da semana passada pra cá, um avanço”.

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A negociação de um acordo é importante para o governo garantir a aprovação de algumas MPs que precisam ser votadas até 1 de junho, ou perderão a validade, diz Randolfe. “Para nós, o importante, o fundamental a essa altura, é que pelo menos duas ou três das sete Medidas Provisórias que estão com a vigência para cair no dia 1 de junho possam avançar na sua apreciação”.

Entre as MPs com prazo mais apertado está a 1154, que estabelece a organização dos ministérios no novo governo. “Vamos tentar dar um passo a mais que é a instalação das comissões mistas pelo menos para duas ou três das comissões que estamos representando”.

A iniciativa de Lira de colocar todas as 13 MPs pendentes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para votar essa semana foi elogiada pelo líder governista. “Tem um gesto que para nós é muito importante, da parte do presidente Arthur Lira, que é colocar em apreciação todas as medidas provisórias que estavam pendentes do governo anterior. O presidente Pacheco se colocou à disposição para pautar ainda essa semana no Senado.

Tem duas ou três medidas provisórias que a nossa orientação é para caducar [deixar de votar]. Do governo anterior. Tanto é que o presidente Lira colocará em apreciação 10 [MPs]”, detalhou.

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