Leite cria secretaria de reconstrução do RS e nomeia ex-assessor de Paulo Guedes

Ao criar no Estado uma secretaria equivalente à pasta federal, o governador gaúcho terceiriza o contato com Pimenta evitando, assim, a impressão de subordinação ao ministro nas ações de reconstrução

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), escolheu Pedro Capeluppi, um dos ex-assessores de Paulo Guedes no Ministério da Fazenda – durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) – para comandar a Secretaria de Reconstrução Gaúcha. A decisão, anunciada nesta manhã, ocorre dois dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomear o ministro Paulo Pimenta para comandar a reconstrução do Estado pelo lado do governo federal.

Leite tenta se contrapor a Lula ao nomear um perfil mais técnico. A escolha de Lula por Pimenta foi vista por aliados do governador gaúcho como uma jogada política para favorecer o petista nas eleições de 2026. Pimenta é considerado o favorito no PT para disputar a sucessão de Leite.

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Ao criar no Estado uma secretaria equivalente à pasta federal, o governador gaúcho terceiriza o contato com Pimenta evitando, assim, a impressão de subordinação ao ministro nas ações de reconstrução. O recado é: governador trata com presidente e ministro trata com secretário.

Capeluppi é economista e funcionário de carreira do Tesouro Nacional. No Ministério da Fazenda, durante a gestão de Paulo Guedes, ocupou cargo de secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados.

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Entrou para o governo gaúcho em janeiro de 2023, quando Leite assumiu o segundo mandato. Ele é titular da Secretaria de Parcerias e Concessões. Leite vai reconfigurar essa pasta que já existe e transformá-la na Secretaria de Reconstrução Gaúcha.

“Ao invés de constituir uma unidade específica, à parte, que pudesse se configurar em uma unidade paralela, como um governo paralelo, o que não faria sentido, entendi que nós devíamos reconfigurar a estrutura de governo por dentro para atender melhor a esse propósito “, disse nesta manhã.

Leite também deu destaque para o perfil do secretário escolhido “funcionário público federal, acumula experiência, está entrosado com a equipe, conhece a realidade administrativa e tem condições para que se possa acelerar os processos”.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

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