Tributação de super-ricos será incorporada na agenda do G20, garante Fernando Haddad

Durante reunião do G20, ministro da Fazenda disse ainda que crise de 2008 não acabou

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A presidência sul-africana do G20 dará continuidade às pautas desenvolvidas pela presidência anterior, responsabilidade do Brasil.

A tributação dos super-ricos é algo que será incorporado à agenda da nova administração que assumirá em dezembro. A avaliação é de Fernando Haddad.

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Então, o ministro da Fazenda esteve em reunião do G20 nesta quinta-feira (24) ao lado do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.

“Nenhum dos temas que são caros ao Brasil ficará de fora dessa agenda (da nova presidência). Acredito que a agenda brasileira será preservada e, talvez, aprofundada”, garantiu Haddad.  

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“A proposta do Brasil sobre a tributação de indivíduos ricos, por exemplo, foi incorporada pela África do Sul com grande transparência. Não acreditamos que a presidência de um país diferente vá mudar alguma coisa na implementação desta medida”, acrescentou o ministro.

Crise de 2008 não acabou e efeitos políticos ‘ainda estão chegando’, diz Haddad

Então, Haddad disse que a crise financeira e econômica do final dos anos 2000 “ainda está se desenrolando”. “Não resolvemos a crise de 2008 até o momento”, sentenciou Haddad.

Dessa maneira, o ministro diz ainda que “os desdobramentos políticos do que veio a ser chamado de crise do neoliberalismo ainda estão chegando”.

Nesse sentido, um dos efeitos da crise do subprime persistente é a atual falta de estabilidade política e econômica.

Campos Neto no G20: mercado reagiu bem à crise e conteve ruptura

Assim, Campos Neto também reconheceu a sobreposição de crises como fator de instabilidade. Ele disse que “o mercado tem reagido melhor às crises do que o esperado”.

Dessa forma, o presidente do Banco Central disse que em reuniões anteriores imaginava-se que, neste momento, o mundo estaria mais fragmentado.

“Quando a Ucrânia foi atingida, imaginávamos que haveria uma ruptura em termos comerciais”, avaliou.

Então, a ruptura não aconteceu, ao menos na proporção esperada, mesmo depois da deflagração do conflito no Oriente Médio.

“É verdade que tivemos crises sequenciais e precisamos olhar para as coisas de uma forma estruturante, aprendendo como fazer a economia crescer com produtividade”.

Campos Neto ainda menciona um desafio extra: “Pagar dívidas elevadas, e com o desafio de gerar igualdade”.

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