Governo tenta trazer deputados que viajaram e ter quórum para aprovar PEC dos benefícios hoje
Proposta inclui ampliação do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 neste ano
Os líderes dos partidos da base aliada se mobilizaram para trazer de volta a Brasília nesta quarta-feira os deputados governistas que tinham registrado presença e já voltado para seus Estados na própria terça-feira, na expectativa de que a PEC das bondades fosse concluída no mesmo dia. O sistema de votação, porém, teve problemas e a conclusão da análise da proposta ficou para hoje.
Deputados voltaram para suas cidades de origem ontem mesmo porque o sistema permite votar pelo celular se o parlamentar marcou presença presencialmente no Congresso. Nas contas dos líderes da base aliada, há 350 deputados governistas em Brasília hoje , mais do que os 308 necessários para aprovar o projeto.
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O presidente da Casa, Arthur Lira PP-AL, adiou a conclusão da PEC para esta quarta-feira, às 9h, com medo de que não houvesse mobilização suficiente da base para impedir a aprovação das emendas da oposição.
Lira já está na Câmara, mas, até o momento, está reunido com os líderes dos partidos e ainda não iniciou a sessão. A oposição contesta que ele não poderia ter suspendido a sessão e mantido o painel de presença para esta quarta-feira porque o regimento só permite suspensões por no máximo uma hora.
As siglas da base foram orientadas a não dar presença nas comissões para que toda a mobilização fique com o plenário.
A PEC das bondades amplia de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio Brasil, aumenta o vale-gás e dá benefícios a taxistas e caminhoneiros. As medidas valem até dezembro e terão custo de R$ 41,25 bilhões. O texto-base foi aprovado na sessão dessa terça-feira por 393 votos ante 14 contrários.