‘Eleições limpas devem ser respeitadas’, diz Bolsonaro, em entrevista ao JN; confira os melhores momentos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a série do Jornal Nacional de entrevistas com presidenciáveis

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fala à mídia durante uma visita a um parque tecnológico ao iniciar sua campanha como candidato presidencial nas eleições nacionais em São José dos Campos, Brasil 18 de agosto de 2022 REUTERS/Carla Carniel
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fala à mídia durante uma visita a um parque tecnológico ao iniciar sua campanha como candidato presidencial nas eleições nacionais em São José dos Campos, Brasil 18 de agosto de 2022 REUTERS/Carla Carniel

O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu, nesta segunda-feira (22), a série do Jornal Nacional de entrevistas com presidenciáveis. Os âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos também vão entrevistar Ciro Gomes (PDT) na terça (23); Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta (25); e Simone Tebet na sexta (26).

Confira os melhores momentos da entrevista de Bolsonaro ao JN.

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“Você está me estimulando a ser ditador”

Jair Bolsonaro é questionado sobre a aliança que fez com o Centrão, que antes ele criticava. “Você está me estimulando a ser ditador”, responde o presidente. “Se eu deixar de lado o Centrão eu vou governar sem o Parlamento.”

Bolsonaro diz que as centenas de deputados do grupo são “pejorativamente chamados de Centrão” e que ajudaram a aprovar medidas importantes para a população, como o Auxílio Brasil.

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“Como eu vou trabalhar com o Parlamento sem considerar os partidos de centro?”, questiona Bolsonaro.

Para negar interferências políticas do Centrão, o presidente diz que seu governo “não tem corrupção” e que ele nomeou ministros com critério técnico. E cita ministros “padrão [Ricardo] Salles”, “padrão Onyx Lorenzoni”, por exemplo.

“Acontece de pegar fogo”, diz Bolsonaro sobre meio ambiente

“No Brasil, acontece de pegar fogo”, diz Jair Bolsonaro sobre queimadas na Amazônia. O político compara esses episódios com incêndios na Europa e nos Estados Unidos. “Quando se fala em Amazônia, por que não se fala da França, que há mais de 30 dias está pegando fogo?”, questiona.

Jair Bolsonaro diz que há “abusos” por parte do Ibama na destruição de equipamentos, como tratores, em áreas de desmatamento ilegal. Bolsonaro diz que a lei estabelece que, se for possível, os equipamentos devem ser retirados dos locais em que foram apreendidos e não destruídos.

O presidente diz que não é verdade que o Brasil seja um “destruidor de florestas”. “O Brasil é exemplo para o mundo”, afirma, em referência a iniciativas de produção de energia limpa.

“O Brasil não merece ser atacado dessa forma”, responde Bolsonaro sobre críticas que recebe pela forma como trata a questão do meio ambiente.

“Minhas propostas para a economia foram frustradas”

O presidente Jair Bolsonaro é questionado sobre economia. “Minhas promessas foram frustradas pela pandemia, pela seca e pelo conflito da Ucrânia”, inicia a resposta. “Os números da economia [brasileira] são fantásticos, levando em conta o resto do mundo.”

Bolsonaro louva a reforma da Previdência como determinante para a economia brasileira e elogia a equipe econômica dele, que é chefiada pelo ministro Paulo Guedes.

Bolsonaro nega crise do oxigênio em Manaus e diz que “virar jacaré” foi “figura de linguagem”
Bolsonaro nega crise do oxigênio em Manaus. “Fizemos a nossa parte em Manaus. Não faltou da nossa parte recursos milionários a governadores.” Segundo presidente, em 48h chegaram cilindros de oxigênio à capital amazonense.

Bolsonaro diz ter usado uma “figura de linguagem” da “literatura brasileira” ao falar que pessoas poderiam “virar jacaré” caso se vacinassem contra a covid-19. Questionado pela âncora Renata Vasconcellos sobre uma falta de solidariedade que ele teria demonstrado ao imitar pessoas sufocando por falta de oxigênio, Bolsonaro diz ter sido solidário por ter concedido Auxílio Emergencial durante a pandemia.

“Fizemos a nossa parte na pandemia”

Presidente Jair Bolsonaro é questionado sobre o enfrentamento que seu governo fez à pandemia. O candidato à reeleição começa afirmando: “Fizemos a nossa parte.” A frase foi repetida ao menos três vezes em resposta a perguntas sobre a reação à covid-19.

O presidente reconhece não ter adotado o “politicamente correto” ao falar da pandemia. Bolsonaro diz que estudos “de fora do Brasil” mostram que as pessoas, ao ficar em casa, se contaminaram mais com a covid-19. Volta a criticar ‘lockdown’ e medidas de restrição para conter o coronavírus. “Raro país do mundo que fez algo melhor do que fizemos”, diz Bolsonaro.

“Eleições limpas devem ser respeitadas”

Convidado a firmar um compromisso de respeitar o resultado das urnas, seja ele qual for, Bolsonaro responde: “Desde que sejam eleições limpas, tem que ser respeitadas.” Antes, o presidente disse que “teremos eleições” e que o ministro Alexandre de Moraes acabou de assumir o TSE. “Pelo que tudo indica, está tudo pacificado.”

O âncora reitera que as eleições brasileiras são reconhecidas como limpas e transparentes e cobra um posicionamento final. “Serão respeitados os resultados das urnas desde que eleições sejam limpas e transparentes. Vamos botar um ponto final nesse assunto”, insistiu o presidente.

Questionado sobre críticas que faz ao sistema eleitoral brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que não “xinga” ministros do Tribunal Superior Eleitoral e que pede transparência nas eleições. “É para evitar que dúvidas pairem sobre as eleições desse ano. Nada mais que isso.”

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