Saiba quais foram os destaques da COP26 desta semana

Brasil anuncia novas metas para o meio ambiente; EUA e Europa irão financiar transição para economia de baixo carbono na África; bancos e fundos podem investir, nas próximas décadas, US$ 100 trilhões para reduzir emissões; e muito mais

- Ilustração: Renata Miwa
- Ilustração: Renata Miwa

No último domingo (31) começou a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26). O evento está acontecendo em Glasgow, na Escócia, com a participação de quase 200 países, autoridades, profissionais de ciência e ambientalistas para traçar estratégias de combate às mudanças climáticas no mundo. Durante 12 dias, os participantes debatem estratégias e negociações sobre o futuro do planeta. Confira os destaques desta semana:

  • O Brasil anunciou novas metas para o combate ao aquecimento global. O novo compromisso é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% em 2030 – a meta anterior era de 43%. Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, afirmou que o país se comprometerá em zerar as emissões líquidas até 2050. O governo também anunciou que vai antecipar a meta para zerar o desmatamento ilegal de 2030 para 2028, e alcançar uma redução de 50% até 2027.
  • O Brasil assinou o Compromisso Global sobre Metano. O objetivo é reduzir 30% das emissões globais do gás até 2030, em comparação com os números de 2020. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o país terá um prazo para adaptar sua agropecuária ao acordo, mas não especificou números.
  • Estados Unidos, Reino Unido, França, União Europeia e Alemanha anunciaram que ajudarão a financiar a transição da África do Sul contra o carvão, ajudando o país a “descarbonizar” seu sistema de energia. A iniciativa, segundo especialistas, pode abrir caminhos para outros acordos semelhantes entre países altamente poluidores.
  • Pelo menos 20 países concordaram em encerrar o financiamento para projetos de combustíveis fósseis no exterior, segundo fontes ouvidas pela CNN. Estados Unidos é um dos países que fazem parte do acordo, que foi o primeiro a incluir projetos de petróleo e gás.
  • Bancos, gestoras, fundos de pensão e outras instituições financeiras com US$ 130 trilhões em ativos assinaram a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ). A coalizão se comprometeu a financiar programas de redução de emissões. O objetivo das mais de 450 empresas é fornecer, nas próximas três décadas, US$ 100 trilhões em financiamento, para novas tecnologia, por exemplo, para acelerar a transição para emissões líquidas zero de carbono.

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