Celular Seguro: aplicativo do Ministério da Justiça tem adesão de bancos, iFood e Uber
Plataforma do governo para reduzir fraudes a partir de roubo de aparelhos, Celular Seguro é lançado e conta com adesão de bancos e fintechs
O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou nesta terça-feira (19) o aplicativo que promete reduzir o roubo e furto de aparelhos celulares: o Celular Seguro. O software a ser instalado por usuários deve “transformar o celular interceptado em um pedaço de metal inútil”, afirmou Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
O programa para aparelhos Android e iOS foi desenvolvido em uma parceria do MJSP com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e instituições privadas que aderiram à iniciativa. Entre as empresas que participam do programa estão Uber, 99 Táxi, iFood, além dos grandes bancos, como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica Federal.
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O que é o Celular Seguro? Veja como instalar o aplicativo
O Celular Seguro é o novo aplicativo do governo federal para coibir fraude financeira e uso de informações pessoais após o roubo do aparelho celular. Assim, o intuito do governo com o app é bloquear o acesso do criminoso a informações como CPF, cartão de crédito, endereços e credenciais bancárias. E não o aparelho em si.
Por meio do programa de celular, o Ministério da Justiça afirma que vítimas de roubo ou furto de celular podem bloquear o aparelho e aplicativos, como por exemplo os apps de bancos e fintechs, “com um único clique”.
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O site do Programa Celular Seguro se encontra disponível a usuários, enquanto o aplicativo do governo será lançado a partir de quarta-feira (20). De acordo com o comunicado do MJSP, o registro da pessoa na plataforma será com o mesmo login utilizado no portal gov.br, site oficial do governo federal.
Como funciona o aplicativo Celular Seguro?
O aplicativo do Celular Seguro funciona a partir de um modelo chamado de “pessoa de confiança” pelo governo federal. Essa figura será responsável por criar uma ocorrência em nome da vítima de roubo.
Após instalar o aplicativo na App Store ou Google Play Store, do Android, o usuário se cadastra na tela inicial com o login do gov.br, usando CPF e senha.
Confira a seguir o passo a passo para registrar a pessoa de confiança:
- Após assinar os termos de uso e privacidade do Celular Seguro, o usuário precisa clicar em “cadastrar contato”. Após o clique, ele deve preencher dados da pessoa de confiança: nome, CPF, telefone e e-mail.
- Depois, o usuário deve registrar o telefone a ser protegido. Não há limite para registrar celulares na plataforma Celular Seguro, mas para o programa funcionar, o celular deve estar cadastrado no CPF da vítima. Caso contrário, o alerta não será emitido.
No caso de roubo ou furto de celular, a vítima ou pessoa de confiança registrada no Celular Seguro abrirá uma ocorrência informando o crime. Ela pode fazer isso por meio do aplicativo ou pela página na internet.
Como registrar uma ocorrência no Celular Seguro?
- Em primeiro lugar, escolha se você quer registrar uma ocorrência de um telefone próprio ou de um telefone de uma pessoa de confiança. As opções para emitir um alerta são “Meus Telefones” ou “Telefone de confiança”.
- Em seguida, o usuário verá uma lista de modelos de celular registrados, com marca, modelo, número e IMEI do aparelho.
- Caso o celular tenha sido roubado, clique no botão amarelo de “Alerta”.
- Assim, ao registrar uma ocorrência, a vítima ou pessoa de confiança pode informar a data, tipo de situação, hora, Estado e cidade. Ao final, ele deve clicar no botão “Emitir”.
Assim que uma ocorrência for emitida pela plataforma Celular Seguro, o usuário que fez o alerta recebe um número de protocolo, formado pela data do alerta, número de telefone e CPF do solicitante.
É necessário que o usuário guarde o número de protocolo caso a Anatel entre em contato com o solicitante posteriormente.
O que acontece após a abertura de alerta?
Após a solicitação feita pelo Celular Seguro, os bancos e instituições financeiras que fazem parte do programa do Ministério da Justiça farão o bloqueio das contas bancárias dentro do aplicativo financeiro. Para cada empresa inscrita, o tempo de bloqueio pode variar. O usuário pode verificar dados para cada banco ou fintech dentro do aplicativo.
Logo depois da abertura de chamado, as operadoras de celular podem bloquear o IMEI do aparelho. A Anatel já realiza esse bloqueio 24 horas.
Contudo, o objetivo do Celular Seguro é acelerar o tempo de bloqueio. De acordo com o secretário-executivo do MJSP em cerimônia de lançamento do Celular Seguro, a espera do tempo de bloqueio de contas e IMEI pelas operadoras será de “até 10 a 30 minutos”.
“Chegamos a um acordo com as operadoras de telefonia para que essas empresas efetuem o bloqueio de linha telefônica, o que inclui o SMS, porque vários mecanismos de recuperação de senha vem por meio de mensagens de texto”, afirma Capelli. “Isso porque as empresas prometeram efetuar esse tipo de bloqueio até 9 de fevereiro, garantindo um carnaval mais seguro”, di secretário.
Quais empresas fazem parte do aplicativo do governo?
Basicamente, o programa Celular Seguro teve adesão de empresas que contam com dados financeiros pessoais para a movimentação e transação. Além dos maiores bancos do país públicos e privados, Google, 99 Táxi, Uber e iFood fazem parte do programa.
A Zetta, associação de fintechs fundada em conjunto pelo Nubank e Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, também faz parte do Celular Seguro. Confira abaixo as empresas financeiras inscritas:
- Febraban
- Banco do Brasil
- Caixa Econômica Federal
- Bradesco
- Santander
- Itaú Unibanco
- Banco Inter
- Banco Safra
- XP Investimentos
- Banco Pan
- BTG Pactual
- Sicredi
- Sicoob
Para funcionar, o Celular Seguro conta com a adesão das maiores operadoras de telefonia móvel do Brasil:
- ABR
- Conexis Brasil Digital (Associação do setor)
- Claro
- Vivo
- Tim
- Alggar Telecom
- Ligga