Novos bombardeios na Ucrânia elevam risco de acidente nuclear
Ataques na área da usina de Zaporizhzhia deixa Europa em estado de alerta
A Ucrânia informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre novos bombardeios na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, nos últimos dias. Apesar disso, todos os sistemas de segurança permanecem operacionais e não houve aumento nos níveis de radiação, informou o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi, em comunicado.
O bombardeio atingiu a área de dois prédios especiais da usina, ambos localizados a cerca de 100 metros dos prédios do reator, bem como uma área de viaduto. Esses edifícios abrigam instalações, incluindo estações de tratamento de água, oficinas de reparo de equipamentos ou instalações de gerenciamento de resíduos. Também houve danos em algumas tubulações de água no local, mas elas foram reparadas.
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Segundo Grossi, todas as medições de radioatividade no local do ZNPP estavam dentro da faixa normal e não havia indicação de vazamento de hidrogênio, disse Grossi. A central nuclear é a maior da Europa, com uma capacidade total de quase 6 mil megawatts, suficiente para abastecer 4 milhões de residências e e havia temporariamente perdido conexão com a sua última linha de transmissão externa 750 quilovolts (kV) na quinta-feira (25).
As outras quatro unidades da usina foram desconectadas antes dos eventos de quinta-feira e permaneceram paralisadas sem previsão de retomada. Houve bombardeios na área da usina na quinta, sexta e sábado, mas a Ucrânia ainda não tinha informações completas sobre a natureza dos danos, disse o diretor-geral Grossi.
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O bombardeio mais uma vez destacou o risco de um potencial acidente nuclear em Zaporizhzhya, que é controlada pelas forças russas desde o início de março, mas operada por sua equipe ucraniana. A negociação com as partes tem objetivo de enviar uma missão de especialistas da AIEA à usina nos próximos dias para ajudar a garantir a segurança nuclear no local.
A missão quer avaliar os danos físicos nas instalações, determinar se os sistemas de segurança e proteção principal e de retaguarda estão funcionais e avaliar as condições de trabalho da equipe técnica.