Bolsonaro defende que Petrobras não repasse alta do petróleo ao consumidor

Presidente brasileiro voltou a criticar a política de paridade internacional da companhia

(Foto: Pixabay)
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O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião hoje para discutir a escalada no preço do barril de petróleo, reflexo da invasão russa à Ucrânia. Para o presidente, é inadmissível a Petrobras repassar o aumento para o consumidor final. O governo, assegurou, resolverá o assunto sem criar “sobressalto no mercado”.

“Já estamos tomando medida porque é algo anormal, o barril de petróleo saiu da casa dos US$ 80 para US$ 120”, pontuou, em entrevista à “Rádio Folha”, de Roraima. “Vamos buscar uma alternativa porque, se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer.”

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Bolsonaro garantiu que o encontro, marcado para hoje à tarde com representantes da Petrobras e dos ministérios da Economia e de Minas e Energia, encaminhará uma solução para o caso, sem “empurrar com a barriga” o problema.

“A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, argumentou.

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O presidente voltou a criticar a lei da paridade de importação, criada no governo Michel Temer, que alinha ainda a prática de preços da Petrobras ao mercado internacional.

“A questão do petróleo é grave, mas dá para resolver, no meu entender”, acrescentou Bolsonaro. “Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem sobressalto no mercado, e está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião”.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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