BNDES vai anunciar linha de crédito para exportação ‘importante’, diz Alckmin
Sem dar detalhes sobre qual setor seria beneficiário da medida, Alckmin disse que nova linha de crédito do BNDES não terá subsídios fiscais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará amanhã, às 10h, medidas de apoio à indústria, informou há pouco o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e também vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O vice também adiantou que amanhã o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) pretende anunciar uma nova linha de crédito “importante”.
Alckmin participou da instalação da Frente Parlamentar Mista da Indústria nesta quarta-feira (24). “Aprendi que vice não fura titular”, disse ele, antecipando em discurso que a imprensa lhe perguntaria sobre as medidas ao final do evento.
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Nova linha do BNDES não terá subsídios, diz Alckmin
Questionado depois sobre detalhes a qual segmento seria o principal beneficiário da nova linha de crédito do BNDES, Alckmin disse que a medida não incluirá subsídios federais. Mencionou o grande sucesso da linha de crédito em dólares para o agronegócio criada pelo banco, sem deixar claro se seria feito o mesmo em relação à indústria.
Lula deverá assinar uma Medida Provisória e outros instrumentos, disse.
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Alckmin defendeu que o Brasil retorne ao Convênio de Crédito Recíproco (CCR), um mecanismo utilizado pelos países latino-americanos para concederem mutuamente financiamento à exportação. O Brasil desligou-se do CCR em 2019, no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele disse estar em diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com Lula a respeito. Comentou ainda que existe a possibilidade de o Banco do Brics — cuja presidência é ocupada hoje pela ex-presidente Dilma Rousseff — ingressar no mecanismo com financiamento à exportação.
Ministro defende redução de juros e reforma tributária
“O Brasil, nas últimas décadas, teve desindustrialização forte e precoce”, comentou. A política industrial será construída com o Congresso Nacional, informou.
O vice-presidente e ministro comentou que, para a indústria, há três elementos fundamentais. O primeiro, o câmbio, está bom e é competitivo, comentou. Já em relação aos juros, disse que é preciso reduzir a taxa Selic, uma vez que os juros futuros já estão em queda.
O terceiro elemento, disse, são os impostos. “Reforma tributária é urgente”, frisou. “Estamos otimistas que o Congresso dará resposta importante.” Em acenos aos setores que temem ser prejudicados com as mudanças propostas, Alckmin afirmou que o agro será “muito beneficiado” e que será possível ter mais de uma alíquota (um pleito do setor de serviços).
Por fim, ele chamou de “impressionante” a resposta do Congresso à proposta do novo regime fiscal, aprovada ontem na Câmara dos Deputados. “Não teve vencedores ou vencidos. Foi uma criação conjunta.”
A aprovação da proposta, frisou, “deve levar à redução de custo de capital”.