Lula anuncia novo grupo de ministros, com Alckmin, Wellington Dias, Luiz Marinho e Anielle Franco

Anúncio inclui 16 nomes; lista tem Alckmin e 6 primeiras mulheres

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo.  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira mais 16 ministros (veja nomes abaixo) que vão fazer parte do seu futuro governo. Lula disse que 13 nomes ainda estão indefinidos e prometeu anunciá-los até terça-feira (27).

Muitas das indicações já estavam definidas, mas foram adiadas em função das negociações em torno da PEC da Transição. O petista tem encontrado dificuldades para acomodar os interesses dos partidos que irão compor a base do governo no Congresso, e também em relação a pastas estratégicas cujos nomes preferenciais recusaram os convites.

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“É mais difícil montar o governo do que ganhar as eleições”, disse Lula ao explicar a composição de seu novo governo. “Estamos tentando montar um governo que a gente consiga representar o máximo de forças políticas que nos ajudaram na campanha”, acrescentou.

Ainda em seu discurso, o presidente eleito afirmou que o seu governo vai “aumentar ministérios, mas não os gastos”. Ao todo, serão 37 pastas.

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Segundo Lula, “todo mundo vai começar apertando o cinto”, já que a dificuldade fiscal “será muito maior do que em 2010”, quando ele deixou a Presidência da República.

“Vamos fazer todo o esforço para que o pouco dinheiro que o país está arrecadando chegue às pessoas mais necessitadas”, disse em pronunciamento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foi realizada a transição de governo.

Veja a seguir os 16 ministros anunciados por Lula hoje:

  • Alexandre Padilha (Relações Institucionais)
  • Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República)
  • Jorge Messias (Advocacia-Geral da União)
  • Nísia Trindade (Saúde)
  • Camilo Santana (Educação)
  • Esther Dweck (Gestão)
  • Marcio França (Portos e Aeroportos)
  • Luciana Santos (Ciência e Tecnologia)
  • Cida Gonçalves (Mulher)
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social)
  • Margareth Menezes (Cultura)
  • Luiz Marinho (Trabalho)
  • Anielle Franco (Igualdade Racial)
  • Silvio Almeida (Direitos Humanos)
  • Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio)
  • Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União)

Quem já havia sido confirmado:

  • Fernando Haddad (Fazenda);
  • Flávio Dino (Justiça);
  • José Múcio Monteiro (Defesa);
  • Mauro Vieira (Relações Exteriores);
  • Rui Costa (Casa Civil).

Lula fala em derrotar bolsonarismo

Após anunciar mais nomes para o primeiro escalão do seu governo, Lula afirmou que é preciso derrotar o “bolsonarismo raivoso” para pacificar o país. “Nós derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas sem aceitar resultado. Precisamos derrotar o bolsonarismo que está com raiva nas ruas. País precisa ter tranquilidade para que as pessoas voltem a se encontrar para comer churrasquinho”, disse Lula.

O futuro mandatário mandou um recado para seus ministros dizendo que o futuro governo não “negará a política” e pediu que aliados não devem cobrar quem não votou nele.

“Quero dar recado aos ministros, nós não temos vergonha da política, de ter ministros políticos. Mas quero que os ministros, ao montar o governo, levem em conta a diversidade que fez parte da campanha. Não é o Lula que precisa de vocês, é o povo”, disse o presidente eleito.

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