Antony Blinken após encontro com Lula: ‘Estados Unidos e Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos’

O secretário de Estado americano evitou comentar se tratou da guerra em Gaza com o presidente brasileiro

O presidente Lula durante reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula durante reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o país e o Brasil formam uma parceria “muito importante” e trabalham juntos de forma bilateral, regional e mundial.

De acordo com Blinken, a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta quarta-feira (21) foi ótima.

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O secretário agradeceu ao chefe do Executivo brasileiro pela amizade entre os dois países.

A visita ocorre no âmbito da reunião de chanceleres do G20, que será realizada no Rio de Janeiro, mas coincide com a crise diplomática entre Brasil e Israel, que tem nos Estados Unidos um dos seus maiores aliados.

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O encontro entre Blinken e Lula teve início por volta das 9h e durou cerca de 1h50.

“Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo”, disse o secretário de Estados dos EUA a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto.

“Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos. Estamos trabalhando juntos bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade”, acrescentou.

Declaração de Lula

Blinken foi questionado se tratou com Lula sobre a Faixa de Gaza. O secretário, contudo, não respondeu.

No domingo, dia 18, em entrevista coletiva de imprensa realizada na Etiópia, o chefe do Executivo brasileiro fez uma comparação entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler.

Durante o regime nazista, que ocorreu entre 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana.

As declarações foram imediatamente repudiadas pelo primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que afirmou que Lula “atravessou uma linha vermelha”.

Blinken é judeu e comanda a política externa americana. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse, na terça-feira (20), que os Estados Unidos discordam da comparação feita pelo presidente brasileiro.

O chefe da diplomacia americana chegou antes ao Brasil para se reunir com Lula em Brasília.

Da capital federal, seguirá para o Rio de Janeiro, onde participa do encontro de ministros das Relações Exteriores do G20.

Com informações do Estadão Conteúdo

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