Política não deve ser entrave para privatização da Copel (CPLE6)

Governo do Paraná não terá dificuldades em aprovar proposta na Assembleia Legislativa

Sede da Copel (CPLE6) em Curitiba, no Paraná. Foto: Divulgação/Copel
Sede da Copel (CPLE6) em Curitiba, no Paraná. Foto: Divulgação/Copel

O anúncio do governo do Estado do Paraná em transformar Copel em uma empresa de capital disperso e sem acionista controlador (corporação) visa levantar recursos para financiar um pacote de investimentos.

Em nota, o governo reforçou que o Estado seguirá como maior acionista (mínimo de 15%) e também terá uma ação de classe especial, “golden share”, com poder de veto, que visa garantir os investimentos da Copel Distribuição, hoje o principal braço da companhia.

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“O modelo de corporação, consagrado nos países mais desenvolvidos, é o mais moderno da atualidade. Ele é adotado por empresas como a Vale, Embraer e Eletrobras, gigantes dos seus setores. Dessa maneira, a companhia estará pronta para as mudanças que vão impactar o setor energético nos próximos anos, voltadas aos compromissos ambientais e de geração limpa”, disse a nova enviada ao Valor.

A Copel é a maior empresa do Estado. A companhia atende 5 milhões de unidades consumidoras em 394 municípios. A nota diz ainda que a atual gestão investiu quase R$ 7 bilhões no Paraná, com programas como o Paraná Trifásico, Rede Elétrica Inteligente e novas subestações. “Mas para fazer frente ao novo momento do setor elétrico é preciso investir ainda mais.”

A proposta será encaminhada para a Assembleia Legislativa do Paraná ainda nesta segunda-feira. Fontes ouvidas pelo Valor apontam que o governador Ratinho não terá dificuldades em aprovar a proposta, já que o atual governador Ratinho Júnior (PSD) foi reeleito em primeiro turno com quase 70% dos votos e tem maioria na Assembleia.

“A sede em Curitiba e o nome da companhia serão mantidos. Além disso, os ativos de geração serão preservados, como a usina de Foz da Areia, deixando intacto o patrimônio da Copel”, finaliza a nota.

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